 Márcio Thomaz Bastos diz que não há possibilidade de um acordo entre o contraventor e o Ministério Público
Márcio Thomaz Bastos diz que não há possibilidade de um acordo entre o contraventor e o Ministério Público
Advogado de Cachoeira: delação premiada está fora de cogitação 
O advogado Márcio Thomaz Bastos afirmou que não há possibilidade de 
um acordo de delação premiada entre Carlinhos Cachoeira e o Ministério 
Público. "Isso não está em cogitação" disse o ex-ministro da Justiça 
nesta terça-feira após a reunião da CPI que investiga Cachoeira.
Nesse
 tipo de acordo, o acusado que aceita colaborar com a investigação e 
revelar informações sobre outros envolvidos recebe benefícios legais, 
como redução da pena. A sugestão foi feita por parlamentares durante a 
reunião da CPI em que Cachoeira foi interrogado. Orientado pelo 
advogado, o investigado usou o direito constitucional de permanecer 
calado para não produzir provas contra si e não respondeu às questões 
sobre a possibilidade de delação premiada feitas pelos integrantes da 
comissão.
Delegado licenciado da Polícia Federal, o deputado 
Fernando Francischini (PSDB-PR) afirmou que Cachoeira poderia ajudar o 
País a "passar a vassoura" no Congresso Nacional e na política dos 
Estados caso aceitasse um acordo. A sugestão também foi feita pelo 
deputado Domingos Sávio (PSDB-MG). "Pense na delação premiada. E que seu
 advogado considere isso. Nós vamos acompanhar de perto. Não havendo a 
delação, não poderá ser reduzida uma fração do que o senhor terá de 
pagar", sugeriu.
Conflito
Questionado sobre a 
possibilidade de haver "problema ético" no fato de defender Cachoeira, 
Thomaz Bastos negou qualquer constrangimento. Durante a reunião, os 
deputados Chico Alencar (Psol-RJ) e Miro Teixeira (PDT-RJ) ressaltaram o
 fato de o advogado ter sido ministro da Justiça no governo Lula.
"Passei
 45 anos de minha vida como advogado, fiquei quatro anos no ministério e
 faz cinco anos que saí de lá. Portanto, não há nenhum impedimento", 
disse ele. Ante o silêncio de Cachoeira na CPI, Miro Teixeira, que foi 
ministro das Comunicações também no governo Lula, disse esperar 
reencontrar Márcio Thomaz Bastos em uma "situação mais agradável". Já o 
deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) elogiou o advogado, destacando 
seu papel como ministro da Justiça, quando, segundo ele, teria 
contribuído para fortalecer a Polícia Federal.
Fonte:JB