Os baobás, embondeiros, imbondeiros ou calabaceiras (Adansonia) são um gênero de árvore com oito espécies, nativas da ilha de Madagascar
Baobá de Nísia Floresta/RN
Os baobás, embondeiros, imbondeiros ou calabaceiras (Adansonia) são um gênero de árvore com oito espécies, nativas da ilha de Madagascar (o maior centro de diversidade, com seis espécies), do continente africano e da Austrália (com uma espécie em cada).
O baobá é a árvore nacional de Madagascar e o emblema nacional do Senegal.
Descrição
É uma árvore que chega a alcançar alturas de 5 a 25m (excepcionalmente 30m), e até 7m de diâmetro do tronco (excepcionalmente 11m). Destaca-se pela capacidade de armazenamento de água dentro do tronco, que pode alcançar até 120.000 litros.
Os baobás desenvolvem-se em zonas sazonalmente áridas, e são árvores de folha caduca, caindo suas folhas durante a estação seca. Alguns têm a fama de terem vários milhares de anos, mas como a sua madeira não produz anéis de crescimento, isso é impossível de ser verificado: poucos botânicos dão crédito a essas reivindicações de idade extrema.
O nome Adansonia foi dado por Bernard de Jussieu em homenagem a Michel Adanson (1727-1806), botânico e explorador francês, quem primeiro descreveu o baobá no Senegal.
Espécies
Adansonia digitata - Baobá Africano (África Central e Austral);
- Adansonia grandidieri - Baobá de Grandidier (Madagascar);
- Adansonia gregorii (syn. A. gibbosa) - Boab ou Baobá Australiano (Noroeste da Austrália);
- Adansonia madagascariensis - Baobá de Madagascar (Madagascar);
- Adansonia perrieri - Baobá de Perrier (Madagascar);
- Adansonia rubrostipa (syn. A. fony) - Fony Baobab (Madagascar);
- Adansonia suarezensis - Baobá Suarez (Madagascar);
- Adansonia za - Za Baobab (Madagascar).
Fruto
A Mukua ou fruto do baobá, tem no seu interior um miolo seco comestível (não tem sumo), desfaz-se facilmente na boca e o seu sabor é agridoce (adocicado com uma ligeira acidez). Este fruto é rico em vitaminas e minerais.
Ao dissolver-se a mukua em água a ferver obtém-se o sumo de mukua que, depois de arrefecido, é tomado como uma bebida fresca com um sabor muito apreciado em determinados países.
Em Moçambique, o fruto, tem o nome de malambe na língua xi-nyungwe da província de Tete, tem uma polpa branca que seca no próprio fruto e que é utilizada para a alimentação, em tempos de escassez de comida; também é referida como cura para a malária1
História
Em 1445, navegantes portugueses conduzidos por Gomes Pires chegaram à ilha de Gorée, no Senegal; eles descobriram o brasão do Infante D. Henrique gravado em árvores. O cronista Gomes Eanes de Zurara assim descreveu a árvore: Árvores muito grandes e de aparência estranha; entre elas, algumas tinham desenvolvido um cinturão de 108 palmos a seu pé (ao redor 25 metros). O tronco de um baobá não mais alto do que o tronco de uma árvore de noz; rende uma fibra forte usada para cordas e pano; queima da mesma maneira como linho. Tem um grande fruta lenhosa como abóbora cujas sementes são do tamanho de avelãs; pessoas locais comem a fruta quando verde, secam as sementes e armazenam uma grande quantidade delas.
Em Angola e Moçambique, esta árvore é conhecida por embondeiro, ou imbondeiro. Em certas regiões de Moçambique, o tronco desta árvore é escavado por carpinteiros especializados para servir como cisterna comunitária
o Brasil
No Brasil existem poucas árvores de Baobá, que foram trazidas pelos sacerdotes africanos e foram plantadas em locais específicos para o culto das religiões africanas.
Pernambuco
Essas árvores concentram-se principalmente no estado de Pernambuco (onde há mais de cem catalogadas) e, nesse estado, na sua capital, Recife (onde há pelo menos trinta).
No Recife, o baobá da Praça da República é uma possível fonte de inspiração de Saint Exupéry, quando por ali passou, ao escrever O pequeno príncipe. Há um na Faculdade de Direito do Recife e outro na Cidade Universitária. Existem outros espalhados pela cidade, como em Ponte d'Uchoa, Poço da Panela e na Praça de Dois Irmãos próximo a UFRPE. Existem três plantadas na Estância Rica Flora, em Aldeia, Camaragibe. No Sítio de Pai Adão existe um Baobá com mais de cem anos com um tronco de mais de 10 metros de circunferência.
Na vila de Nossa Senhora do Ó, Ipojuca, há um Baobá com mais de 350 anos e 15 metros de circunferência. No Engenho Poço Comprido (Vicência) há dois espécimes.
Em Araripina existe um exemplar com aproximadamente 30 anos de idade.
Rio Grande do Norte
Outro estado com grande quantidade de baobás é o Rio Grande do Norte. Há exemplares em Natal, Nísia Floresta, Mossoró e nas ruínas de Pedro Velho.
Baobá do Poeta Rua São José, Natal - RN O maior baobá do Brasil em circunferência (19,5m)
Existe uma relação entre o Baobá de Natal e a obra literária de Antoine de Sant-Exupéry, diz o professor Diógenes: "No Rio Grande do Norte, credita-se a esse baobá a inspiração de Saint-Exupéry ao criar desenhos de “O Pequeno Príncipe”, livro com mais de 230 traduções em todo mundo. Algumas “coincidências” tornam a hipótese verossímil. O baobá exilado em Natal foi visitado pelo autor, quando aqui esteve, nas décadas de 20 e 30 e era hóspede da proprietária do terreno. Os desenhos por ele feitos em seu livro, como o elefante, a estrela, o vulcão, as dunas e falésias lembram o mapa e outros símbolos do Rio Grande do Norte".(Fonte Vento Nordeste) Em Açu existem onze baobás de aproximadamente quatrocentos anos e que atualmente estão em processo de tombamento histórico.
Alagoas
Em Alagoas existe um exemplar na Praça do Skate, em Maceió.
Ceará [editar]
No Ceará, existem 4 (quatro) grandes exemplares: um na praça do Passeio Público, na cidade de Fortaleza, onde foram fuzilados alguns revolucionários da Confederação do Equador. Um no campus da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), outro no SESI da Barra do Ceará e quarto no Mini Museu Firmeza ou Firmezarte (Mondubim).
Goiás
Em Goiânia existem três Imbondeiros, todos em residências particulares, sendo um na residência do Sr.Jorge Rassi e duas no condomínio particular Aldeia do Vale.
[carece de fontes]
Mato Grosso
Nas proximidades de Cuiabá, um exemplar de Imbondeiro derivado de um exemplar existente na Praça da República (Rio de Janeiro).
[carece de fontes]
Rio de Janeiro
Um levantamento sobre os baobás no Brasil feito pelo alagoano Gilberto Vasconcelos, viveirista florestal ente 2008/2011. Ainda em 2012 continua mapeando os novos exemplares encontrados no Rio de Janeiro. Foi relatada, no mesmo ano, a existência de um Baobá na ilha de Paquetá, Rio de Janeiro, RJ.
Usos e folclore
Em Kimberleys, na Austrália ocidental, prisioneiros foram confinados dentro de seu tronco oco. Os aborígenes comem a sua fruta e usam as folhas como planta medicinal.
Na história O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry, o menino narra que o solo de seu pequeno asteróide era infestado de sementes de baobá. Preocupado com os possíveis danos que estas plantas pudessem causar quando adultas, após completar a sua toilete matinal, dedicava-se à toilete do asteróide, arrancando regularmente os seus pequenos brotos
Outro ponto curioso é que existe uma relação entre o baobá da história e uma arvore localizada em Natal, Rio Grande Norte, o Baobá do Poeta. O autor visitou a cidade nas décadas de 20 e 30 e ficou hospedado na casa da dona do terreno onde a árvore está, acredita-se que o autor se inspirou nesse Baobá para escrever a história. Em 2009 o baobá recebeu a visita do sobrinho-neto de Saint-Exupéry, o engenheiro François D'Agray .
Por Leon Lopes/Diretor do jornal JRP
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Bares e restaurantes de Parnamirim/RN
estão trabalhando em prol do meio ambiente
Atitudes simples podem ter grande significado para a
preservação do meio ambiente. Com responsabilidade é possível aliar trabalho,
renda e sustentabilidade como forma de contribuir com o futuro do planeta.
Um exemplo disso é o caso do comerciante João de Souto, que
acumula o óleo utilizado em seu restaurante e descobriu no reaproveitamento uma
forma de economizar. A simples atitude de não jogar o óleo de cozinha usado
direto no lixo ou no ralo da pia pode contribuir para não contaminar o lençol
freático, evitando assim poluir o meio ambiente e também contribuindo para
diminuir o aquecimento global. “Se todos fizerem sua parte, poderemos viver em
um mundo melhor”, revela.
O ato de transformar esse mesmo óleo em sabão, garrafas pet em artesanato, pneus usados em matéria prima
para asfalto e para construção civil são
formas inteligentes de economizar e ganhar dinheiro de forma politicamente
correta.
Mesmo sem saber o que fazer com o óleo que sobrava da
preparação dos pratos do seu restaurante, João de Souto, proprietário do Bar e
Restaurante do João, no Centro de Parnamirim/RN, resolveu juntar o produto
usado depois que teve orientação da equipe da ATAP/-RN - Associação dos Trabalhadores
Agrícolas de Parnamirim.
“Em aproximadamente seis meses, ele mesmo se surpreendeu com
a quantidade de óleo usado que acumulou. Já são 60 litros guardados em garrafas
plásticas e em um grande contêiner. “Eu não poderia jogar este óleo todo no
ralo, tinha que fazer algo pelo meio ambiente, mas depois que tive a visita e
as orientações da equipe da ATAP, passei a utilizar o óleo usado e hoje tenho
uma renda extra fabricando meu próprio sabão para uso no restaurante”, explica
o comerciante. Através de um amigo em comum, João de Souto soube do trabalho de
Luiz Lima, parceiro da associação,
que desenvolve ações de consciência ambiental e orienta os interessados
em também colaborar com a preservação do meio ambiente. Mais informações sobre
esse trabalho estão acessíveis no site https://sites.google.com/site/associacaoataprn/ e no blog http://atap-rn.blogspot.com.br/
Fique sabendo – A decomposição do óleo de cozinha emite gás metano
na atmosfera. O metano é um dos principais gases que causam o efeito estufa, que
contribui para o aquecimento da terra. Óleo de cozinha jogado no oceano pelas
redes de esgotos em contato com a água do mar passa por reações químicas que
resultam em emissão de metano. Caso vocês queiram reaproveitar o óleo usado, aprendam
a receita para fazer sabão a partir do óleo de cozinha.
Material
e preparo
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MATERIAL PARA FABRICAR SABÃO
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PREPARO
Coloque a soda em
escamas no fundo de um balde e cuidadosamente coloque a água fervendo.
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05- litros de óleo
de cozinha usado
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Mexa até diluir
todas as escamas da soda.
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02- litros de água
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Adicione o óleo e
mexa.
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200- mililitros de
amaciante
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Adicione o
amaciante e mexa novamente.
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01- quilo de soda cáustica em escama
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Jogue a mistura na
forma e espere secar.
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01- forma de
madeira no formato de barra
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Corte o sabão em
barras.
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Atenção: a soda
cáustica pode causar queimaduras na pele. O ideal é usar luvas e utensílios
de madeira ou plástico para preparar a mistura.
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O comerciante João de Souto, depois da ajuda que a coordenação
da ATAP-RN e de Luiz Lima, destaca que foi muito importante aprender que é
possível cuidar do meio ambiente e ter uma renda extra. Mesmo sem entender
detalhadamente o processo, o importante é colaborar de alguma forma. Ele descobriu que pode transformar o que
seria lixo em sabão de forma prática e útil. Com os 60 litros de óleo acumulado
ele pode produzir 108 quilos de sabão em barra, utilizado no próprio restaurante.
A demonstração comprova como a prática é simples e importante.
CONSCIÊNCIA
Amigos leitores, gostaria de começar
esta primeira edição ressaltando a importância da reciclagem do lixo
doméstico. No Brasil e no mundo, cada
vez mais pessoas se preocupam com o meio ambiente, afinal precisamos despertar
para a necessidade de proteger o nosso planeta. E uma boa forma de começar a
agir é dar o destino correto ao lixo.
Diariamente produzimos toneladas
de lixo orgânico e não orgânico que, muitas
vezes, acabam poluindo a água, o solo e o ar do planeta. Portanto, devemos praticar
o consumo responsável e reaproveitar ao máximo os materiais utilizados. Reciclar
significa transformar objetos e materiais usados em novos produtos para o
consumo. Precisamos adotar ações como reciclar, economizar energia, poupar
recursos naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que jogamos fora. O Brasil
produz cerca de 100 mil toneladas de lixo por dia, mas recicla menos de 5% do lixo urbano, o restante permanece no
meio ambiente por bastante tempo. Pra se ter uma idéia, saiba o tempo de decomposição
dos materiais na natureza:
Papel - 3 a 6 meses
Tecido - 6 meses a 1 ano
Chiclete - 5 anos
Plástico - mais de 100 anos
Metal - mais de 100 anos
Borracha - tempo indeterminado
Vidro - 1 milhão de anos
Podemos reciclar papel ( jornais, listas telefônicas, folhetos,
revistas, folhas de rascunhos, papéis de embrulho, caixa de papelão, caixa de
brinquedos e caixas longa-vida ), plástico
( embalagens de produtos de limpeza, garrafas plásticas,tubos e canos, potes de
cremes e xampus, baldes e bacias, restos de brinquedos, sacolas e saquinhos de
leite ), metal ( latinhas de cerveja
e refrigerantes, enlatados, objetos de cobre, alumínio, lata, chumbo, bronze, ferro
e zinco), vidro ( garrafas, cacos de
vidro, vidros de conserva e lâmpadas incandescentes ).
Nas próximas edições, eu vou
continuar falando sobre o que podemos fazer para ajudar a preservar a natureza
e salvar o nosso lindo planeta.
Leon Lopes