Pesquisar o SITE

sábado, 20 de dezembro de 2025

A Civilização Tartária


 A Civilização Tartária refere-se a uma antiga e vastíssima região da Ásia Central e Sibéria, nomeada por europeus para descrever terras habitadas por povos nômades (mongóis, turcomanos), sem ser uma única civilização unificada, mas sim um nome geográfico genérico que abrigava diversos povos, como os tártaros e os mongóis. Atualmente, teorias da conspiração propagam a ideia de uma "Tartária" como um império global avançado e perdido, uma narrativa que não tem base histórica comprovada, mas que se popularizou com livros e vídeos que questionam a história oficial e sugerem uma grande "limpeza" ou "reset". 

A Rússia é o lar da maior parte dos tártaros, com uma população de cerca de 5,5 milhões de pessoas; Turquia, Uzbequistão, Cazaquistão, Ucrânia, Tadjiquistão, Quirguistão, Turcomenistão e Azerbaijão também têm populações de tártaros superiores a 30 mil pessoas.

Os tártaros habitavam originalmente o nordeste do deserto de Gobi, no século V, e, após dominarem, durante o século IX, os citanos, migraram para o sul. No século XIII foram conquistados pelo Império Mongol, liderado por Gêngis Cã. Durante o reinado do neto de Gêngis Cã, Batu Cã, deslocaram-se para o oeste, em direção às planícies da Rússia, levando consigo muitos dos ramos que deram origem aos turcomanos uralo-altaicos.

O que era a Tartária historicamente:
  • Nome Geográfico: Um termo usado por cartógrafos europeus, do século XIII ao XIX, para designar vastas regiões da Ásia não-europeia, do Cáspio ao Pacífico, incluindo Sibéria e Ásia Central.
  • Povos: Habitada por diversos grupos, incluindo os tártaros (um termo genérico para povos turcomanos e mongóis) e os mongóis de Gengis Cã, que formaram grandes impérios.
  • Realidade Histórica: Era uma área com nômades, reinos e impérios (como o Império Mongol), não uma civilização única e avançada como as teorias sugerem, mas sim um termo que refletia o desconhecimento europeu da região. 
As Teorias da Conspiração da "Tartária":
  • Império Global: Afirmam que a Tartária foi uma civilização avançada, com tecnologia e arquitetura sofisticadas (como edifícios "star forts", que na verdade são fortificações militares), que foi apagada da história.
  • "Reset" Histórico: As teorias sugerem um evento cataclísmico, como uma "inundação de lama" ou "guerras", que destruiu essa civilização avançada e levou à reescrita da história.
  • Arquitetura "Oculta": Usam fotos antigas de edifícios grandiosos (como estruturas "mud-filled") para argumentar que essas construções eram da Tartária e foram suprimidas. 
A "civilização Tartária" refere-se a um conceito geográfico histórico que se tornou o centro de uma teoria da conspiração moderna. 
1. Fato Histórico (A Região)
Historicamente, Tartária (ou Grande Tartária) era um termo arcaico usado por cartógrafos europeus entre a Idade Média e o século XX para designar uma vasta região da Ásia Central e do Norte. 
  • Abrangência: Estendia-se do Rio Volga e Mar Cáspio até o Oceano Pacífico.
  • População: Era habitada por povos tártaros e mongóis, que falavam majoritariamente línguas turcas e foram unificados sob o Império Mongol de Gêngis Cã. 
2. Teoria da Conspiração (O "Império Perdido")
A teoria conspiratória alega que a Tartária foi um império global tecnologicamente avançado que teria sido "apagado" da história oficial. Seus principais pilares incluem: 
  • O "Dilúvio de Lama": Defende que uma catástrofe global no século XIX soterrou as cidades originais sob metros de terra, o que explicaria edifícios com janelas "enterradas".
  • Tecnologia Livre: Teóricos afirmam que as cúpulas e antenas de construções neoclássicas e góticas eram, na verdade, dispositivos de captação de energia atmosférica sem fio.
  • Encobrimento: Sustentam que as elites mundiais destruíram evidências desse império para controlar o sistema de energia atual e manipular a cronologia histórica. 
3. Consenso Acadêmico
Historiadores e arqueólogos classificam essas alegações como pseudohistória. 
  • Mapas Antigos: O uso do nome "Tartária" em mapas antigos não indica um país unificado, mas sim um termo genérico para uma área desconhecida, similar a como o termo "Oriente" era usado.
  • Arquitetura: O estilo k citado (como o das exposições universais) possui registros documentados de construção e engenharia, sem relação com tecnologias perdidas. 
Para pesquisas acadêmicas sobre os povos reais da região, consulte a Encyclopedia Britannica ou a Biblioteca do Congresso. 




  • Redação 
Por Leon Lopes, jornalista, Natal-RN-Brasil 

Nenhum comentário:

Postar um comentário