Um estudo
publicado recentemente em revista europeia sugere que altas doses de vitaminas
B podem reduzir pela metade o ritmo do encolhimento do cérebro em pessoas com
alguns sinais de Alzheimer. O encolhimento do cérebro é um dos sintomas da
debilidade cognitiva leve que pode ser um dos indicadores iniciais de demência.
Os pesquisadores afirmam que a descoberta pode ser um passo importante na busca
por formas de retardar os efeitos do Alzheimer.
A
pesquisa avaliou 168 pacientes que sofriam, em algum nível, do declínio mental
conhecido como debilidade cognitiva leve. A condição – marcada por pequenos
lapsos de memória e problemas de linguagem – vai além do que é considerado
“normal” no processo de envelhecimento e pode ser um indicativo do
desenvolvimento de Alzheimer ou outras formas de demência.
Metade
dos voluntários recebeu um comprimido diário contendo níveis de vitamina B6 e
B12 acima da dose diária recomendada. A outra metade recebeu um placebo. Depois
de dois anos, os pesquisadores mediram o ritmo de encolhimento do cérebro dos
pacientes. O cérebro de uma pessoa com mais de 60 anos encolhe, em média, a um
ritmo de 0,5% ao ano. O cérebro das pessoas que sofrem de debilidade cognitiva
leve encolhe a um ritmo duas vezes mais rápido. Nos pacientes de Alzheimer,
este ritmo chega a 2,5% ao ano.
A equipe
de pesquisadores de concluiu que, em média, o encolhimento do cérebro dos
pacientes que tomaram o complemento vitamínico ocorreu a um ritmo 30% mais
lento. Em alguns casos, este ritmo chegou a ser mais do que 50% mais lento,
fazendo com que sua atrofia cerebral fosse equivalente a de uma pessoa sem
qualquer debilidade cognitiva.
Algumas
vitaminas B, B6 e B12 controlam os níveis da substância conhecida com
homocisteína no sangue. Altos níveis de homocisteína são associados ao
encolhimento mais rápido do cérebro e ao Alzheimer. Os autores do estudo
sugerem que os efeitos da vitamina B sobre os níveis dessa substância ajudaram
a reduzir o ritmo de encolhimento do cérebro.
As
vitaminas B são encontradas normalmente em vários alimentos, inclusive carne,
peixe, ovos e verduras. Especialistas, no entanto, afirmam que ninguém deve
sair tomando doses mais altas do que as recomendadas depois deste estudo, já¡
que também há¡ outros riscos para a saúde.
Leon Lopes