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quarta-feira, 11 de abril de 2012

Transatlântico Titanic chega aos 100 anos da famosa tragédia


 (AFP PHOTO / SOUTHAMPTON CITY COUNCIL)
Tragédia com Titanic, que matou 1,5 mil pessoas, completa 100 anos
Quinze de abril de 1912 era mais uma jornada usual de trabalho para o operador de rádio Harold Thomas Cotton. A bordo do transatlântico Carpathia, ele planejava dormir cedo. Nos dois dias anteriores, Cotton havia ficado acordado até as 2h e as 3h, respectivamente. Antes de ir para a cama, porém, resolveu checar as últimas notícias — o operador queria informações sobre a greve dos carvoeiros em Londres. Algo bem mais impactante que o movimento trabalhista, contudo, chegou aos seus ouvidos. “Venham logo. Chocamos com um iceberg. Essa é uma chamada ‘C.Q.D.’, meus velhos.”

Era 0h25 quando Cotton recebeu a mensagem incluindo a sigla que, tempos depois, seria substituída por S.O.S. O pedido de socorro fora enviado por Jack Phillips, operador do Titanic. Por isso, parecia inacreditável. O maior navio de passageiros até então construído, considerado “inafundável”, estava prestes a ser engolido pelo Atlântico. A partir daí, Cotton seria testemunha de relatos desesperados, até que o mar silenciou o Titanic. “Quando não ouvi mais sinais, soube que tudo tinha acabado”, relatou à edição de 19 de abril daquele ano do jornal The New York Times.
Cem anos depois, a tragédia que matou mais de 1,5 mil pessoas continua fascinando o público. Em Belfast, província britânica na Irlanda do Norte, um museu do navio com seis andares foi inaugurado em 31 de março, em uma espécie de comemoração que beira o grotesco, com sorridentes modelos vestidas com roupas da época, representando as damas que passariam momentos de horror dentro do transatlântico de luxo. Em cidades como Las Vegas e Orlando, nos Estados Unidos, exposições com objetos resgatados pela RMS, empresa que detém os direitos sobre os restos do Titanic, fascinam os visitantes, que podem apreciar chapéus, ânforas e talheres, entre outros artefatos que foram parar a 4 mil metros de profundidade. Uma riqueza arqueológica que, agora, está sob a garantia da Convenção da Unesco sobre a Proteção do Patrimônio Cultural Subaquático.
Fonte:Paloma Oliveto/CB