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sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Imunoterapia no tratamento do Câncer


Imunoterapia no tratamento do Câncer

Nanofármaco desenvolvido na Unicamp melhora a qualidade de vida dos pacientes

Poderoso adjuvante capaz de potencializar o efeito da quimioterapia em tumores metastáticos. É assim que funciona o OncoTherad, medicamento que atua no sistema imunológico melhorando a resposta dos pacientes aos tratamentos convencionais e, consequentemente, propiciando a sobrevida livre de recorrência.

O medicamento, o primeiro para câncer desenvolvido dentro de uma universidade pública brasileira, teve sua segurança e eficácia comprovada em testes com animais e vem sendo administrado em pacientes com câncer de bexiga e intestino com recidiva — quando há o retorno do tumor — e nos quais todas as alternativas de tratamento foram esgotadas.

Professor Wagner José Fávaro

“Todos os pacientes que estão em tratamento relatam não só o efeito que tem no tumor, mas imunoterapia melhora o estado imunológico do paciente. O paciente tem uma melhora significativa na qualidade de vida”, Wagner José Fávaro, professor do Instituto de Biologia da Unicamp e responsável pelo estudo que desenvolveu o medicamento.

Buscando saber mais sobre a eficácia do medicamento, bem como seus benefícios e aplicações, a Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Unicamp produziu uma edição especial do programa Extensão 48. Com duração de 12 minutos, o vídeo “Imunologia Brasileira” narra a história do estudo, nascido de uma parceria entre os Institutos de Biologia e Química da Universidade, e seu importante papel para o avanço da imunoterapia no combate ao câncer.

Parceria dentro e fora da Unicamp

Com a união dos Institutos de Biologia e Química da Unicamp, o estudo sobre o papel sistema imunológico no tratamento do câncer ganhou uma poderosa aliada: a nanomedicina. Desenvolvido com estruturas nanométricas, o OncoTherad possui alto grau de efetividade com baixo grau de toxicidade. “A diferença é que ela penetra com maior facilidade na estrutura, tecido, células ou tumor. A eficiência é tão alta que as concentrações que você precisa utilizar são muito pequenas”, explica o Professor Nelson Durán, do Instituto de Química.

Professores Wagner Fávaro e Nelson Durán

Após 12 anos de pesquisa e resultados promissores, uma parceria com o Hospital Municipal de Paulínia permitiu que a medicação fosse administrada em pacientes com câncer de bexiga com recidiva. “Nós temos pacientes usando essa vacina há mais de um ano, e temos tido excelentes resultados. A adesão do paciente ao tratamento é melhor devido ao baixo efeito colateral da OncoTherad”, explica o urologista João Carlos C. Alonso, colaborador do estudo.

Paciente Tony Croce

“O benefício é sensacional, porque não tem sintoma. É tranquilo, não há irritação, não tem problema nenhum, não acontece nada de errado”, conta o paciente Tony Croce.

Papel da Universidade Pública

Desenvolvido por professores da Unicamp, com apoio alunos da Universidade e em parceria com hospitais locais, o OncoTherad é um exemplo do que a universidade pública de qualidade é capaz de alcançar. É o primeiro medicamento desenvolvido no Brasil, com patente brasileira. “Isso só foi possível dentro de uma universidade pública de qualidade, em que o papel da Universidade foi desenvolver uma pesquisa e conseguir devolver para a sociedade todo investimento que a sociedade civil fez na universidade”, afirma o Professor Wagner José Fávaro

Redação JRP

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