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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Aviões da Embraer podem ser usados no combate ao Talibã no Afeganistão



 

Os 20 aviões da Embraer recentemente vendidos ao governo dos EUA deverão ser repassados ao Corpo Aéreo do Exército Nacional do Afeganistão, onde serão usados para combater grupos insurgentes como o Talibã. 
Entretanto, a compra está, no momento, paralisada, segundo a Sierra Nevada Corporation, empresa norte-americana associada da Embraer no projeto. A paralisação ocorreu depois de a negociação ter sido questionada na Justiça por um concorrente, a Hawker Beechcraft. 
Segundo comunicado, a Sierra Nevada recebeu uma ordem de paralisação da Força Aérea dos EUA. A Embraer não fez nenhum comentário na manhã de hoje (5). 
Ontem, em resposta a questionamento da BBC Brasil acerca da venda, anunciada no último dia 30, o Pentágono (Departamento de Defesa americano) informou que as aeronaves A-29 Super Tucano serão entregues às forças afegãs para promover “treinamento avançado em vôo, vigilância, interdição aérea [ataques a alvos no solo] e apoio aéreo próximo”. 
“O LAS [Apoio Aéreo Leve, na sigla em inglês, programa em que as aeronaves serão empregadas] é um esforço de assistência em segurança para o governo afegão”, disse o Pentágono. 
No comunicado em que citou a ordem de paralisação da compra, a Sierra Nevada disse que está “confiante de que a questão será resolvida de forma célere. [As aeronaves] precisam ser disponibilizadas rapidamente para apoiar [soldados] no Afeganistão”. 
A concorrente Hawker Beechcraft questiona na Justiça norte-americana sua exclusão da competição e a forma como a Embraer foi anunciada vencedora do processo, segundo comunicado divulgado em dezembro pela da companhia. A empresa alega que “faltou transparência da Força Aérea durante a competição”. 
A Sierra Nevada, por sua vez, disse que ela e a Embraer receberam o contrato "como resultado de uma disputa justa e aberta". 
O A-29 Super Tucano é uma aeronave militar leve, projetada especialmente para ações de contra-insurgência. Capaz de voar em velocidade e altitude baixas, já teve cerca de 200 unidades encomendadas e é atualmente usada por forças aéreas de seis países. 
Firmado ao custo de US$ 355 milhões (R$ 650 milhões), o contrato para a venda dos 20 aviões foi o primeiro entre a Embraer e a defesa norte-americana e prevê ainda o treinamento de pilotos e a manutenção das aeronaves. A companhia terá 60 meses para entregar as 20 unidades. 
Para concorrer à venda, conforme determina a legislação norte-americana, a Embraer teve de se associar a uma empresa local, a Sierra Nevada. 
Caso a compra siga adiante, segundo a Embraer, os equipamentos serão montados em Jacksonville, no estado da Flórida, e terão pelo menos 88% de seus componentes fabricados por empresas norte-americanas ou de países que se enquadram no Buy America Act (legislação que regula as compras do governo americano). 
A empresa diz que as cerca de 150 aeronaves em operação já voaram, ao todo, 130 mil horas (das quais 18 mil em missões de combate), sem terem sido abatidas. Segundo a companhia, o treinamento para que pilotos experientes possam manejá-la dura poucas semanas. 
Em nota, a Embraer disse que as aeronaves serão vitais "para ajudar o Afeganistão e nações parceiras [dos EUA] a desenvolver suas próprias capacidades aéreas [...], ajudando a trazer de volta com segurança e rapidez soldados americanos no Afeganistão e limitando a necessidade de forças americanas em outros locais". 

Ataques simultâneos em Bagdá matam pelo menos 24 pessoas 
Pelo menos 24 pessoas morreram e 66 ficaram feridas em uma série de ataques a bomba na capital do Iraque, Bagdá. 
Segundo o Ministério do Interior iraquiano, quatro ataques foram realizados com bombas plantadas na beira de estradas. Uma moto-bomba também foi detonada. 
As explosões ocorreram nas áreas xiítas da capital iraquiana, incluindo o subúrbio carente de Sadr City. 
Os ataques se inserem no momento de tensão sectária que o Iraque vive desde que as tropas norte-americanas deixaram o país, em dezembro. O primeiro-ministro, Nouri Maliki, xiita, é acusado de tentar monopolizar o poder. 
O vice-presidente, Tariq al-Hashemi, sunita, está sendo procurado por acusações de terrorismo e se esconde no Curdistão iraquiano. O principal bloco sunita na Assembléia iraquiana está boicotando o Parlamento em protesto. 

Fonte: Com informações da Agência Brasil, citando a BBC Brasil; e do www.srzd.com