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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Clubes da Série A firmam pacto para ignorar decisões da Justiça Comum

Ao deixar a reunião do conselho técnico do Campeonato Brasileiro da Série A realizada nesta quinta-feira na sede da CBF,  o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, revelou que foi feito um pacto entre as agremiações para que nenhum dos clubes integrantes da elite nacional aceite ser beneficiado por qualquer tipo de liminar de torcedores (terceiros) obtida fora das instâncias da Justiça Desportiva.
Segundo o dirigente, a decisão foi tomada para evitar confusão como a que envolve o Campeonato Brasileiro de 2013, quando torcedores da Portuguesa e do Flamengo acionaram a Justiça Comum para tentar reverter o rebaixamento da Lusa decorrente da perda de quatro pontos no STJD.
“Daqui para a frente, os 20 clubes do futebol brasileiro não aceitarão demanda de torcida. Mesmo se o clube for beneficiado as instituições vão se proteger para cumprir a regra. Não é desobediência à Justiça, mas sim porque temos um contrato a cumprir e não estou falando de contratinho, estou falando de bilhão", disse Kalil.
O presidente do Grêmio, Fábio Koff, afirmou que o pacto entre os clubes servirá para dar mais credibilidade ao campeonato nacional e foi aprovado por unanimidade. Segundo o dirigente tricolor gaúcho, em 2000 a Copa João Havelange, foi uma “experiência negativa”.
"Esse pacto foi aprovado com unanimidade. Respeitaremos as decisões do STJD. É um compromisso dos clubes de não se beneficiarem com decisões de torcedores na Justiça Comum. A Copa João Havelange, em 2000, foi uma experiência negativa. Vamos respeitar as regras para que o Brasileiro tenha mais credibilidade e não aconteça esse caos que aconteceu na temporada de 2013”, falou Koff.
Já o vice-presidente de futebol do Internacional, Marcelo Medeiros, também seguiu a mesma linha de Kalil e Koff e afirmou que é preciso tomar decisões responsáveis para dar credibilidade ao futebol brasileiro.
“É uma decisão responsável para dar credibilidade ao futebol. A preocupação da CBF e dos clubes é pela credibilidade do futebol brasileiro. Nos últimos dez anos, após a criação dos pontos corridos, não tivemos viradas de mesa. Temos de respeitar e obedecer ao regulamento da competição” concluiu.
JB

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