A euforia dos corintianos tomou conta dos bares e das ruas da capital. Certeza do penta dominou o dia da Fiel
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| A Fiel invadiu a comercial da 312 Norte para assistir à partida que deu o título para o Corinthians. Após o jogo, a rua virou palco da festa |
O domingo começou em clima de festa para os torcedores brasilienses. No Casa Di Massas, reduto dos Corinthianos, às 11h o carvão já soltava fumaça. Sobre as brasas, um prato pouco comum para um restaurante italiano: churrasco de porco. Cercado por balões brancos e pretos, decorado com bandeiras e ao som de batuques e hinos do Timão, o Bloco A da 312 Norte foi tomado por mais de 500 “loucos”.
Já com o sentimento do título de pentacampeões, os corintianos começaram a cantar bem antes das 17h. E durante as duas horas de partida mantiveram-se animados. A única pausa foi com o susto do gol do Vasco, aos 29 minutos do primeiro tempo. Fora isso, nem o silêncio para o ídolo Sócrates foi respeitado. A homenagem, ao contrário, foi traduzida em um único coro: “Sócrates guerreiro, orgulho brasileiro”.
A quantidade de torcedores poderia assustar quem estava fora: era muita gente pulando e gritando. Mas, naquele meio, o clima era familiar. O servidor público Iran das Neves, 46 anos, chegou às 15h e, por sorte, conseguiu garantir uma mesa para sentar com os parentes. Junto da esposa, do filho, da cunhada e dos sobrinhos, ele tinha a certeza de que o domingo era do Timão. “Não precisa se preocupar. Aqui todo mundo é tranquilo, ainda mais porque vamos ser campeões”, justificou, cercado por dezenas de corinthianos que não paravam de pular.
Mas, no segundo tempo, Iran não aguentou ficar sentado na cadeira e se juntou aos demais corintianos. Foi quando aconteceu o lance mais importante da partida: o gol do Palmeiras. Iran arregalou os olhos e parou, por alguns segundos, de soprar sua corneta. Assim que o juiz levantou a bandeira de impedimento, porém, voltou a fazer barulho, ainda mais animado.
Nos cinco minutos finais, começaram os cantos de adeus ao Palmeiras. O título estava cada vez mais próximo e a torcida, ainda mais calorosa, manteve-se cantando e soltando fogos de artifício até o juiz apitar o fim do jogo. O gol do Timão não aconteceu, mas a emoção foi a de uma goleada. “O Corinthians fez um campeonato maravilhoso. Nós viemos pelo empate e cumprimos a nossa obrigação”, comemorou o servidor público. Amanhã, é Iran que tem um tratado a cumprir: vai realizar a promessa de tatuar o escudo do time do coração no braço.
Apagão vascaíno
Cerca de 500 torcedores do Vasco e do Palmeiras se reuniram ao lado do estádio do Cave, no Guará, para assistir ao clássico contra o Flamengo. Além de empurrar o próprio time e torcer para o Palmeiras, os vascaínos tiveram que encarar outra missão: driblar a falta de energia elétrica. Mesmo com as adversidades e o vice, os torcedores comemoraram o desempenho do time ao longo do ano.
No começo do jogo, gritos de guerra e animação. Quando Diego Souza fez o gol, a alegria explodiu no meio da torcida, com uma chuva de cerveja, abraços e muita comemoração. No meio da euforia, um dos torcedores soltou um rojão que atingiu a fiação elétrica, provocando um curto-circuito e a queda da energia. Sem o telão, o jeito foi recorrer ao rádio e aos celulares com TV.
Foi uma experiência inédita para a estudante Monique Ferreira, 19 anos. Ela, que nunca havia escutado um jogo de futebol pelo rádio, gostou da novidade. “É muito mais emocionante”, comentou. A esperança na equipe carioca não fraquejou em nenhum momento. Ao fim do jogo, ela estava cabisbaixa, mas orgulhosa. “Fiquei satisfeita, pois jogamos muito o ano inteiro”, afirmou.
Já Luis Gustavo Poppi, 30, torceu até o último segundo. De cabeça baixa e olhos fechados, só faltou rezar. “Esperava ganhar do Flamengo. Vencer um clássico sempre tem um gostinho especial”, lamentou. Ainda assim, o corretor de imóveis estava comemorando as conquistas de 2011 e pensando no futuro. “Ganhamos um campeonato este ano e temos a Libertadores. Que venha o próximo desafio, estamos preparados”, afirmou.
No começo do jogo, gritos de guerra e animação. Quando Diego Souza fez o gol, a alegria explodiu no meio da torcida, com uma chuva de cerveja, abraços e muita comemoração. No meio da euforia, um dos torcedores soltou um rojão que atingiu a fiação elétrica, provocando um curto-circuito e a queda da energia. Sem o telão, o jeito foi recorrer ao rádio e aos celulares com TV.
Foi uma experiência inédita para a estudante Monique Ferreira, 19 anos. Ela, que nunca havia escutado um jogo de futebol pelo rádio, gostou da novidade. “É muito mais emocionante”, comentou. A esperança na equipe carioca não fraquejou em nenhum momento. Ao fim do jogo, ela estava cabisbaixa, mas orgulhosa. “Fiquei satisfeita, pois jogamos muito o ano inteiro”, afirmou.
Já Luis Gustavo Poppi, 30, torceu até o último segundo. De cabeça baixa e olhos fechados, só faltou rezar. “Esperava ganhar do Flamengo. Vencer um clássico sempre tem um gostinho especial”, lamentou. Ainda assim, o corretor de imóveis estava comemorando as conquistas de 2011 e pensando no futuro. “Ganhamos um campeonato este ano e temos a Libertadores. Que venha o próximo desafio, estamos preparados”, afirmou.
Fonte: Marcela Mattos - Correio Braziliense
