Os primeiros voluntários para realizar uma viagem sem volta a Marte se reuniram neste sábado em Washington para assistir a uma apresentação da missão privada que visa a colonizar o Planeta Vermelho dentro de alguns anos.
Washington - Os primeiros voluntários para realizar uma viagem sem volta a Marte se reuniram neste sábado em Washington para assistir a uma apresentação da missão privada que visa a colonizar o Planeta Vermelho dentro de alguns anos.
Quarenta pessoas chegadas de várias partes dos Estados Unidos e do Canadá ouviram, em um auditório da Universidade George Washington, a apresentação do cientista holandês Bas Lansdorp, presidente e cofundador da empresa Mars-One.
Esta iniciativa privada sem fins lucrativos foi lançada em abril passado e pretende enviar uma equipe de desbravadores a Marte em 2022.
"Estabelecer uma colônia permanente em Marte implica ir sem voltar. Isso parece impressionante, mas não se pode esquecer que na história de nosso planeta, as pessoas que partiram em viagens de exploração deixaram para trás suas famílias", explicou Lansdorp à AFP.
"O próximo passo lógico é Marte", acrescentou.
A Mars-One informou em abril que os quatro primeiros voluntários chegarão a Marte depois de uma viagem de sete meses, em 2023.
A colônia receberia provisões a cada dois anos, acrescentou.
A primeira missão terá um custo de 6 bilhões de dólares, que a empresa ainda não conseguiu arrecadar. Doações estão sendo feitas para o projeto, mas Lansdorp não indicou o montante atual.
"A primeira missão terá como objetivo trabalhar no sistema de suporte de vida", afirmou ainda o responsável, admitindo que o meio ambiente em Marte é muito hostil, carece de oxigênio e tem uma temperatura média de 63 graus.
No entanto, o cientistas destacou que o meio em que a Estação Espacial Internacional opera é ainda mais hostil.
Cerca de 78.000 voluntários já se inscreveram para esta aventura, que dará origem a novos processos de seleção.
Para Christine Rambo, uma bibliotecária de 38 anos de New Jersey, Marte constitui a próxima grande etapa das explorações. "É como Cristovão Colombo descobrindo a América"
Jesse Lemieux, um mecânico aeronáutico de 40 anos e originário do Maine, se entusiasma com a ideia de poder ver as paisagens de Marte e explorar se há algum tipo de vida, mesmo que seja uma bactéria.
"Espero ver marcianos", acrescentou.
Do JB
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