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sábado, 17 de agosto de 2013

Documento da CIA reconhece "Área 51" mas não cita extraterrestres


Documentos da Agência Central de Inteligência (CIA) confirmam a existência da base militar secreta “Área 51”, em Nevada, Estados Unidos, nos anos 1950 mas não se referem a existência de extraterrestres ou objetos voadores não identificados (ovni).
Os documentos dos serviços de informações dos Estados Unidos, agora desclassificados, foram obtidos pela Universidade George Washington e incluem pela primeira vez uma referência oficial sobre o local criado sob as ordens do presidente Dwight Eisenhower, em plena Guerra Fria.
O secretismo sobre o local conhecido como “Área 51” deu origem a teorias que indicavam que se encontravam escondidos no local extraterrestres e restos de ovni, tendo sido na realidade uma base de treino para os aviões espião U-2.
Os documentos da CIA revelam o programa de concessão e aperfeiçoamento dos aviões espiões dos Estados Unidos numa altura em que o presidente Eisenhower aprovou o uso do Deserto de Nevada para as experiências e testes do avião militar U-2, que tinha uma grande autonomia e a capacidade de voar a grandes altitudes, evitando o radar ou qualquer meio de detecção.
Ao longo das décadas, a existência da “Área 51” deixou de ser um segredo mas o fato da administração norte-americana nunca ter reconhecido a existência da base militar utilizada para experiências aeronáuticas com aparelhos nunca vistos à época deu origem a uma série de teorias, entre as quais as que referiam o contato com tecnologia extraterrestre.
Uma das mais famosas lendas relacionadas com o local – o Caso Roswell – defendia que os restos de uma nave extraterrestre que teria caído em Roswell, no Novo México, em julho de 1947 tinham sido transportados para a “Área 51”.
Outro relato que faz parte da coleção de teorias da conspiração relacionadas com o local dava conta de experiências sobre tolerância à radiação efetuadas em prisioneiros de guerra japoneses, utilizados como cobaias humanas, durante a Segunda Guerra Mundial, antes do lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em agosto de 1945.
Uma grande parte do material divulgado pela Universidade George Washington já era conhecida dos investigadores. No entanto, segundo a universidade, o “fato mais notável” é que pela primeira vez o nome “Área 51” é utilizado em documentação oficial.
Em abril de 1955, os militares que planeavam a construção de um avião espião sobrevoaram o Deserto de Nevada em busca de um local para os testes secretos e escolheram uma zona do deserto de sal que, segundo os documentos agora tornados públicos, tinha o nome Groom Lake.
A mesma zona foi utilizada durante a Segunda Guerra Mundial como área de armazéns da artilharia aérea e foi, então, escolhida como local de provas dos aviões espiões U-2 e para o treino dos respectivos pilotos e tripulações.
Os primeiros testes com os U-2 aconteceram em agosto de 1955 e no mesmo local realizaram-se ensaios com outros aparelhos como o A-12 e o D-21. Os aviões espiões U-2 tinham como objetivo vigiar a União Soviética e os países satélites de Moscou. Apesar da passagem dos anos, a área no Deserto de Nevada continua vedada e o espaço aéreo fechado a aeronaves civis.
Os documentos da CIA agora divulgados incluem numerosas referências à “Área 51”, um mapa e os nomes de todos os pilotos das missões U-2, com datas e rotas dos voos sobre a ex-União Soviética. O material também faz referência a operações U-2 sobre a Índia entre 1962 e 1967 e a missões de sobrevoo da China em 1962.
Da Agência Brasil

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