No entanto, advogado-geral diz na Câmara que é preciso novo asilo a Roger Molina
Diplomacia
Para Michel Temer, “essas coisas são resolvidas diplomaticamente”. “Nós temos uma diplomacia muito eficiente aqui no Brasil, e há uma diplomacia eficiente na Bolívia. De modo que estes representantes diplomáticos solucionarão da melhor maneira esse impasse que surgiu, digamos assim, acidentalmente. Não tenho dúvida disso”, acrescentou.
Posição da AGU
Mais cedo, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, em seminário realizado na Câmara dos Deputados, afirmara que o senador boliviano Roger Pinto Molina terá de obter um novo asilo político junto à Presidência da República para permanecer no Brasil. Segundo ele, o asilo diplomático obtido no ano passado pelo parlamentar boliviano não tem mais validade, já que o benefício se limitava a garantir sua presença na embaixada do Brasil em La Paz. Asilado há mais de um ano na chancelaria brasileira, Roger Molina, que é opositor ao regime do presidente Evo Moralles, deixou a Bolívia no último fim de semana em um carro oficial brasileiro, em uma operação organizada pelo diplomata Eduardo Saboia, encarregado de negócios na embaixada, na ausência de um titular ainda não nomeado.
Na viagem até Brasília, o senador boliviano – que se diz perseguido pelo governo de Evo Morales - também usou um avião cedido por amigos do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. “Ele [Molina] tinha asilo diplomático, é no âmbito da embaixada. No Brasil, é um novo processo. Asilo diplomático é um asilo provisório, inicial, não é um asilo político. O asilo político é territorial e ele ainda não tem”, explicou Adams ao final de um seminário sobre fiscalização de recursos públicos na Câmara dos Deputados. .
Por Luiz Orlando Carneiro
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