Mineral, provavelmente gipsita, encontrado pelo Opportunity no solo de Marte (Foto: Nasa/JPL-Caltech/Cornell/ASU)
NOTÍCIA:
O jipe-robô Opportunity, usado pela Nasa para explorar o solo de Marte, encontrou uma trilha de um mineral que parece ter sido depositado pela água. Os cientistas acreditam que a análise do material vai trazer nova compreensão sobre a história dos ambientes úmidos marcianos.
O Opportunity foi lançado em 2004, junto a outro jipe-robô, o Spirit, que não está mais em atividade. Os dois já levaram a importantes descobertas sobre o solo do planeta vermelho, revelando que o ambiente pode ter sido favorável ao surgimento de micróbios.
A trilha encontrada pelo veículo da Nasa na cratera Endeavour tem entre 1 cm e 2 cm de largura, por algo entre 40 cm e 50 cm de comprimento. O aparelho aponta que o solo tem cálcio e enxofre, e os cientistas acreditam que o mineral seja a gipsita, usada na produção de gesso.
“É um depósito químico relativamente puro que se formou no local em que o vemos. Isso não pode ser dito para outras amostras de gipsita em Marte nem para outros minerais relacionados à água que o Opportunity já encontrou. Não é incomum na Terra, mas, em Marte, é o tipo de coisa que faz um geólogo levantar da cadeira”, diz Steve Squyres, da Universidade Cornell, pesquisador do projeto.
Como vocês puderam observar na notícia, mais uma vez o planeta “vermelho” nos surpreende com evidências que nos levam a acreditar que pode ter existido vida por lá. Hoje vamos falar sobre a gipsita, que é um mineral que dá origem ao gesso. Vamos lá!
A gipsita, mineral abundante na natureza, é um sulfato de cálcio hidratado cuja fórmula química é CaSO4.2H2O, que geralmente ocorre associado à anidrita, sulfato de cálcio anidro CaSO4, que tem pouca expressão econômica.
A sua composição química média apresenta 32,5% de CaO, 46,6% de SO3 e 20,9% de H2O. Trata-se de um mineral muito pouco resistente que, sob a ação do calor (em torno de
160oC), desidrata-se parcialmente, originando um semi-hidrato conhecido comercialmente como gesso (CaSO4.½H2O). Os termos “gipsita”, “gipso” e “gesso”, são freqüentemente usados como sinônimos. Todavia, a denominação gipsita é reconhecidamente a mais adequada ao mineral em estado natural, enquanto gesso é o termo mais apropriado para designar o produto calcinado.
A gipsita secundária, ou gipsita química, é gerada como sub-produto dos processos industriais de obtenção dos ácidos fosfórico, fluorídrico e cítrico, e da dessulfurização de gases gerados em termelétricas movidas a carvão. A gipsita química proveniente da produção de ácido fosfórico recebe a denominação particular de "fosfogesso", enquanto a resultante da dessulfurização dos gases denomina-se "dessulfogesso".
O gesso encontra a sua maior aplicação na indústria da construção civil, embora também seja muito utilizado na confecção de moldes para as indústrias cerâmica, metalúrgica e de plásticos; em moldes artísticos, ortopédicos e dentários; como agente desidratante e como aglomerante do giz.
Até semana que vem com mais notícias interessantes e envolvendo a Química, é claro.
Fontes:
http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/12/nasa-encontra-em-marte-mineral-que-parece-ter-sido-depositado-pela-agua.html
http://www.dnpm.gov.br/assets/galeriadocumento/balancomineral2001/gipsita.pdf
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