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domingo, 16 de agosto de 2015

Em Natal, sindicatos e CUT fazem manifestações contra terceirizações Entidades se manifestam contra PL 4330 na capital potiguar. Projeto de lei em tramitação quer ampliar a possibilidade de terceirizações.

Segundo a CUT, 300 pessoas participaram do ato nesta terça em Natal (Foto: Felipe Gibson/G1)Segundo a CUT, 300 pessoas participaram do ato nesta terça em Natal (Foto: Felipe Gibson/G1)
Manifestantes participaram de um ato em Natal contra o Projeto de Lei 4330/2004, que dispõe sobre o contrato de prestação de serviço a terceiros e as relações de trabalho dele decorrentes. O protesto foi promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e por sindicatos, e teve apoio do PT. O ato, segundo os organizadores, também foi realizado em defesa da Petrobras, de uma reforma política e dos direitos dos trabalhadores. Segundo a CUT, cerca de 300 pessoas participaram da mobilização. Já a Polícia Militar afirma que foram aproximadamente 60 pessoas.
Além da CUT, também participaram do ato diversos sindicatos, entre os quais estavam o Sindicato dos Petroleiros do RN (Sindipetro-RN), o Movimento de Libertação dos Sem Terra (MST), Sindicato dos Rodoviários do RN, Sindicato dos Hoteleiros e Sindicato dos Trabalhadores no Setor Têxtil (Sindtêxtil).O ato em Natal estava previsto para começar às 14h, mas teve início com uma hora de atraso. A manifestação foi realizada na praça Gentil Ferreira, no bairo do Alecrim, zona Leste de Natal. O ato foi encerrado por volta das 16h30.
José Sobrinho, presidente da CUT no RN (Foto: Felipe Gibson/G1)José Sobrinho, presidente da CUT no RN
(Foto: Felipe Gibson/G1)
José Rodrigues Sobrinho, presidente da CUT no estado, disse ser contra o Projeto de Lei 4330/2004. "Estamos aqui, sindicatos e movimentos sociais, em defesa dos direitos dos trabalhadores. Com esse projeto de terceirização, perde o governo, perde o povo, e só ganham os empresários".
O secretário geral do Sindpetro, Márcio Dias, também frisou a luta contra o PL. "Nos juntamos a inúmeras entidades contra a tentativa da completa terceirização dos serviços. Se aprovado, esse projeto eleva exponencialmente a precarização do trabalho".
John Daved, militante do MLST, disse que "partimos do princípio de solidariedade contra qualquer injustiça contra qualquer pessoa. Estamos aqui contra um inimigo em comum que está na Câmara Federal, onde estão os ruralistas e o agronegócio, que concentra o modelo de exploração da terra, da vida e de exclusão social no campo".
Harley Davidson, do Sindicato dos Rodoviários, reforçou que a categoria estava unida às demais. "O objetivo maior é dar força aos trabalhadores. Da parte dos rodoviários, as empresas continuam reduzindo salários e desvalorizando funcionários".

Para Sandoval Lopes, presidente do Sindhoteleiros, o PL é contra a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). "O projeto 4330 rasga a CLT em todos os níveis. Não vemos com bons olhos a aprovação".

Reno Roberto, presidente do Sindtêxtil, falou que o projeto é prejudicial ao futuro do país. "Está em jogo o futuro do país e dos trabalhadores. A aprovação seria um retrocesso para a classe trabalhadora e para os direitos trabalhistas", encerrou.


Por G1

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