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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Professores de escolas públicas municipais do Rio de Janeiro decidiram nessa terça (10), em assembleia virtual

 

Professores da rede municipal do Rio mantêm greve

Os docentes irão manter o ensino à distância

Fernando Frazão/Agência Brasil
Redação

Professores de escolas públicas municipais do Rio de Janeiro decidiram nessa terça (10), em assembleia virtual, permanecer em greve para impedir o retorno às aulas presenciais. Os docentes irão manter o ensino à distância. A prefeitura pretende retomar as aulas presenciais, a partir do dia 17, de forma voluntária, para estudantes do 9º ano e anos finais do Programa de Ensino de Jovens e Adultos.

Os professores estão em greve desde julho, quando decidiram não retornar às atividades presenciais enquanto a pandemia do novo coronavírus não estiver controlada. De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), professores e funcionários temem que o retorno possa aumentar os índices de contágio, colocando em risco não apenas esses profissionais, mas estudantes e familiares.

“Nós trabalhamos em duas, três escolas. Nossos alunos nem sempre moram perto da unidade escolar. Mesmo fazendo rodízio, vamos ter ampliação do deslocamento de estudantes, de famílias de professores e funcionários”, diz a coordenadora geral do Sepe, Izabel Costa.

Izabel argumenta que as escolas não têm estruturas adequadas para o retorno. “E mesmo que tivessem chegado aos índices aceitáveis [de contaminação por covid-19 na cidade do Rio], as escolas municipais não estão estruturadas para atender a todos os protocolos sanitários, não é só álcool em gel e sabão. Tem escolas que não foram reestruturadas, que estão com as janelas fechadas, banheiros interditados”, afirma.

Aulas presenciais
No último dia 3, a cidade do Rio entrou no chamado período conservador do Plano de Retomada das Atividades Econômicas. Apesar de liberar todas as atividades econômicas no município, a prefeitura alerta que ainda precisam ser mantidos os protocolos sanitários e as regras de ouro, como o uso de álcool em gel e de máscaras.

Segundo a Vigilância Sanitária, as pessoas que tenham comorbidades, sensíveis ainda ao agravamento da covid-19, devem se preservar e evitar deslocamentos fora de casa.

Nessa fase, a prefeitura permitiu a abertura de todas as séries das escolas privadas, das creches particulares e também as conveniadas. Nas escolas da rede municipal, a abertura é voluntária, como já tinha ocorrido com as da rede privada e, inicialmente, para o 9º ano. É preciso haver reuniões de entendimento entre os diretores, professores e representantes dos conselhos de pais para ver se a escola preenche os requisitos mínimos para a volta do funcionamento.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação diz que segue as orientações do Poder Executivo, do Comitê Científico Municipal e tem como prioridades “o atendimento ao aluno, a continuidade do processo de aprendizagem, as solicitações de pais e responsáveis pelos estudantes da Rede Municipal de Ensino, os cuidados sanitários exigidos pela pandemia”.

Além disso, diz que serão seguidos os protocolos da Vigilância Sanitária que vão garantir a proteção da comunidade escolar. “Estão sendo tomadas todas as providências necessárias como divisão da turma em duas, espaçamento entre as carteiras, disponibilização de máscara, álcool em gel e demais indicações da Vigilância Sanitária”.

Redação JRP

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