A campanha que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições realizadas domingo acumulou despesas de R$ 90.647.843,27, conforme registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
É mais que o dobro do registrado pela campanha do presidente e candidato derrotado, Jair Bolsonaro (PL). As despesas de sua tentativa de reeleição ficaram em R$ 42.462.098,19 - segundo dados exibidos pelo TSE.
Os números das campanhas podem ainda sofrer atualizações. Mas considerando os dados disponíveis e o total de votos que cada um dos candidatos obteve no segundo turno, a campanha petista desembolsou o equivalente a R$ 1,50 por voto. Lula teve 60.345.999 votos no segundo turno. A campanha bolsonarista, por sua vez, gastou o equivalente a R$ 0,73 centavos por voto. Bolsonaro teve 58.206.354 votos no segundo turno.
Os números oficiais, no entanto, mostram apenas parte da história, aponta o cientista político e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo, Eduardo Grin. “Em termos de custo, foi a campanha de um candidato contra a campanha do Estado”, disse ele referindo-se aos bilhões de reais gastos em medidas de estímulo do governo Bolsonaro aprovadas nos meses que antecederam a campanha.
Mas considerando os dados de gastos exibidos pelo TSE, a produção de programas de rádio e televisão consumiu R$ 25,9 milhões, ou 28,6% das despesas contratadas pela campanha de Lula. O segundo item que mais demandou recursos foi o impulsionamento de conteúdo. A campanha petista pagou R$ 10,4 milhões para o Google, para esse tipo serviço.
Redação Jornal JRP
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