OS FALANTES DO TUPI ANTIGO:
-ORIGEM, HISTÓRIA E DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA NO PASSADO:
OS TUPINAMBÁS
Os Tupinambás talvez sejam a etnia brasileira mais conhecida graças às aventuras de Hans Staden.
Graças aos livros de Lerry Thevet e Hans Stadens, sabemos como era a sociedade dos Tupis (Tupinambás, Tupiniquins, etc. ).
Esses relatos começam com a aventura de Hans Staden, no ano 1553, que ao realizar uma caçada sozinho em Bertioga, foi capturado por indígenas que o trataram com muita violência - Staden logo percebeu que a intenção dos indígenas era a de devorá-lo em um sofisticado banquete, servido com o mais fino Cauim.
Apos passar por vários momentos de terror, Staden sobreviveu ao contato com os canibais, voltou a Europa, quando escreveu sobre essas verdadeiras desventuras quase inacreditáveis no ano de 1556, fazendo do Brasil e seu provo um dos lugares mais incríveis e assustadores do mundo de sua época.
* TUPINAMBÁS X TUPINIQUINS
Tibiriçá o histórico cacique de São Paulo, foi seu principal representante, no entanto havia Tupiniquins em todo litoral brasileiro, do centro-sul da Bahia até Ilha comprida, mas a maior concentração da tribo era na região da atual Grande São Paulo.
Um subgrupo tupiniquim, os Guaianases, dominava o litoral sul de São Paulo até regiões perto da cidade de São Sebastião.
Os Tupinambas, grandes rivais dos Tupiniquins, tinha como seu principal representante o cacique Cunhambebe, tinham aldeias no norte da Bahia e em Sergipe. No Sudeste, habitavam do litoral norte do Rio de Janeiro até São Sebastião (SP) – fronteira com o território tupiniquim.
*OS TUPINAMBÁS DE OLIVENÇA
Os Tupinambá de Olivença vivem na região de Mata Atlântica, no sul da Bahia.
Sua área situa-se a 10 quilômetros ao norte da cidade de Ilhéus e se estende da costa marítima da vila de Olivença até a Serra das Trempes e a Serra do Padeiro.
A vila hoje conhecida como Olivença é o local onde, em 1680, foi fundado por missionários jesuítas um aldeamento indígena. Desde então, os Tupinambá residem no território que circunda a vila, nas proximidades do curso de vários rios, entre os quais se destacam os rios Acuípe, Pixixica, Santaninha e Una.
Apesar da longa história de contato, a filiação ameríndia é fundamental para compreendermos a vida social dos Tupinambá de Olivença na atualidade.
Não se trata de um resquício histórico remoto, mas de uma marca efetiva na organização social e modo de vida dos Tupinambá que hoje habitam a região.
Entre outros aspectos, destaca-se sua organização em pequenos grupos familiares e certos gostos alimentares, como a preferência pela “giroba”, uma bebida fermentada produzida por eles.
Ainda que os Tupinambá de Olivença se considerem muitas vezes “caboclos” ou mesmo “índios civilizados”, isso nunca significou um abandono de sua condição indígena.
O Estado retirou-lhes os direitos indígenas diferenciados a partir do fim do século 19, em função das visões restritivas que os órgãos oficiais tinham a respeito de quem era ou não indígena. Foi somente com a Constituição de 1988 que se criou abertura legislativa para que as solicitações dos Tupinambá de Olivença, e de outros povos, fossem ouvidas e pudessem ter respaldo.
Em 2001, os Tupinambá de Olivença foram reconhecidos oficialmente como indígenas pela Funai.
A primeira fase de demarcação do seu território concluiu-se em abril de 2009 com a publicação do resumo do relatório de identificação e delimitação da TerraIndígena Tupinambá de Olivença.
Fonte:Prof. Leon Lopes
Consultor de Negócios e empresas, jornalista internacional, perito Forence digital Grafotecnico e também pesquisador.
Portugal-PT
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