Novos testes em macacos contra HIV são feitos com vacina brasileiraO efeito da substância desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo será avaliado em macacos ainda neste semestre. Depois, os cientistas planejam realizar experimentos em humanos. A terapia pode evitar a transmissão do vírus
Os linfócitos (verde) são alvo do HIV (vermelho). Com a vacina, essas células de defesa ficariam protegidas |
Neste semestre, começarão os testes em macacos de uma vacina brasileira contra o HIV. Essa última etapa de avaliação pré-clínica do imunizante terá duração prevista de 24 meses e o objetivo de encontrar o método mais eficaz para ser usado em humanos. Concluída essa fase, poderão ter início os primeiros ensaios clínicos. A vacina, denominada HIVBr18, foi desenvolvida e patenteada pelos pesquisadores Edecio Cunha Neto, Jorge Kalil e Simone Fonseca, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Atualmente, o projeto é conduzido no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Investigação em Imunologia (INCT-III) e seguirá para a colônia de macacos rhesus do Instituto Butantan.
A principal vantagem de fazer testes em primatas é a semelhança com o sistema imunológico humano e o fato de os animais serem suscetíveis ao SIV, vírus que deu origem ao HIV. Segundo Cunha Neto, a ideia é testar diversos métodos de imunização para selecionar aquele capaz de induzir a resposta imunológica mais forte e, então, testá-lo em humanos. Além da vacina de DNA, os experimentos incluem a implantação de moléculas imunizantes dentro de outros vírus vacinais para testar o melhor veículo de entrega (vetor) ao indivíduo, como o adenovírus de chimpanzé, a vacina da febre amarela ou o MVA — sigla em inglês para modified vaccinia ankara, produzida a partir de uma forma modificada do vírus.
Do CB
Nenhum comentário:
Postar um comentário