A Geografia do Rio Grande do Norte é um domínio de estudos e conhecimentos sobre as características geográficas do território do estado brasileiro do Rio Grande do Norte, também designado "potiguar".
O estado do Rio Grande do Norte é uma das vinte e sete unidades federativas do Brasil, ocupando uma área de 52 811,047 km²,2 o equivalente à área da Bósnia e Herzegovina, sendo o quinto estado menos extenso do Brasil (0,62% do território nacional). O estado está localizado na região Nordeste, fazendo divisas com o Oceano Atlântico a norte e a leste, o estado da Paraíba a sul e o Ceará a oeste.3 As distâncias entre os pontos extremos do estado são de 233 km no sentido norte-sul e de 403 km no sentido leste-oeste.4 Devido à localização geográfica em território brasileiro, conhece-se o Rio Grande do Norte como "esquina do continente". É a unidade de federação mais próxima dos continentes africano e europeu.
É o décimo sexto estado mais populoso do país, com mais de três milhões de habitantes que se distribuem por 167 municípios, sendo décima terceira unidade da federação brasileira com o maior número de municípios. A capital é o município de Natal, localizado na região leste do estado.
Os solos do Rio Grande do Norte são diversificados. Em várias regiões do estado existem diferentes tipos de solos. Os principais são os luvissolos - antigamente chamados de bruno não cálcicos, possuem pouca profundidade, acidez moderada, ondulação suave e ricos e nutrientes, mas, por se localizarem no Sertão, possuem uso restrito, devido, principalmente, ao relevo e a pouca quantidade de chuva -, o latossolo vermelho amarelo - presentes em parte da costa litorânea do estado, são bem drenados, pobres em matéria orgânica e com profundidade igual ou superior a um metro -, os neossolos - também presentes no litoral e nas margens dos rios, são arenosos, não hidromórficos e sujeitos a variações no pH e na profundidade e são subdivididos em areias quartzosas, regossolos, solos aluviais e solos litólicos -, os planossolos - com pouca abundância no estado, são mal drenados e apresentam teor de sódio variável, que varia entre médio e alto -, os argissolos - são pobres em matéria orgânica, podem ser moderada ou fortemente drenados, média ou grande profunidade, e estão situados no sudoeste do estado -, os cambissolos eutróficos - bem drenados, com relevo plano e ondulado, solos rasos ou profundos, formados a partir da ação de rochas -, os solos do mangue - possuem alto grau de salinidade e são ricos em matéria orgânica, e estão situados principalmente na foz dos rios - e os chernossolos - possuem pH básico e com uma drenagem que varia entre moderada e imperfeita, formados principalmente por calcário.
O território norte-riograndense apresenta os seguintes tipos de cobertura vegetal
Vegetação da caatinga na Serra do Lima em Patu.
Dunas na praia de Ponta do Mel, município de Areia Branca.
floresta subperenifólia ou floresta ciliar sem carnaúba: são densas, pouco largas e situadas apenas próximo à foz dos principais rios do litoral oriental, sendo uma vegetação de transição entre os manguezais e as florestas decíduas e/ou semidecíduas. No litoral oriental norte, esse é o único tipo de vegetação presente na foz dos principais rios ou, ainda, em lagoas e várzeas. Suas fontes de água estão armazenadas nos lençóis freáticos e nos rios e lagoas;
floresta subcaducifólia ou floresta decídua: é uma vegetação de transição entre a zona úmida e o sertão, como também nas principais serras do interior do Rio Grande do Norte. Apresenta espécies da Mata Atlântica e da Caatinga, favorecendo sua posição fitogeográfica intermediária;
caatinga: apresenta-se em duas formas:
caatinga hiperxerófila: no Rio Grande do Norte, esse tipo de vegetação apresenta-se de três formas. A primeira delas é chamada caatinga arbustivo-arbórea, situadas nas porções mais a norte do estado, com uma vegetação muito densa, mas de forma bastante irregular, apresentando-se, assim como a caatinga hipoxerófila, sem folhas durante a estiagem, formando espécies de moitas. A segunda é a caatinga aberta do Seridó, localizada apenas no seridó oriental, com um estrato herbáceo e arbustos densos e desenvolvidos, que morrem ou perdem suas folhas durante a seca. Por último, a floresta ciliar com carnaúba, que está situada somente próxima às margens do rio Apodi/Mossoró e Piranhas/Açu, os dois principais rios do estado, onde a água está contida principalmente nos lençóis freáticos e a vegetação é mais densa e compacta, de difícil penetração; a carnaubeira é a espécie de planta mais predominante nesse tipo de floresta;
florestas e campos de várzea: é pouco abundante no território potiguar, pois ela ocorre somente em áreas com água doce e com umidade durante o ano inteiro, principalmente nas proximidades de lagoas e rios próximos do litoral;
formação de praias e dunas: ocupa, em estreita faixa, todo o litoral, com exceção das áreas dos mangues, formando a vegetação das praias e dunas móveis que, juntamente com as dunas fixas, formam um novo tipo de cobertura vegetal denominada restinga. Recebem ventos intensos e são influenciadas pela salinidade.
formações halófilas ou campos salinos: situam-se nas planícies fluviais e marinhas dos rios Apodi/Mossoró e Piranhas/Açu, onde costumam ser inundadas pela água do mar, sendo, por esse motivo, adaptadas apenas a ambientes com salinidade;
manguezais: localiza-se nos estuários presentes ao longo do litoral, na foz dos rios, onde a água se apresenta na forma salobra. É um tipo de vegetação importante em virtude das espécies de peixes e crustáceos que o habitam.
Fonte http://pt.wikipedia.org/
Fotos Leon Lopes