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segunda-feira, 20 de março de 2017

XX, o místico Edgar Cayce afirmou que a Grande Esfinge era a guardiã do Salão dos Arquivos, ou pelo menos sua entrada, o qual continha os registros da história da Atlântida.


XX, o místico Edgar Cayce afirmou que a Grande Esfinge era a guardiã do Salão dos Arquivos, ou pelo menos sua entrada, o qual continha os registros da história da Atlântida.

Assim como a possibilidade de existirem câmaras ocultas na pirâmide de Kéops instiga a mente de pesquisadores, escritores, teóricos, místicos e do público em geral, o mesmo acontece com relação ao que poderia existir por baixo, dentro ou ao redor da esfinge de Gizé.

 Há muito tempo se especula que devem existir túneis por sob a esfinge ligando-a com a Grande Pirâmide e com recintos nos quais estariam depositados segredos milenares. 

O indício mais antigo que se tem da existência de eventuais construções por sob a esfinge está estampado na estela que Tutmósis IV (c. 1401 a 1391 a.C.) mandou fixar na frente do monumento e que vemos acima numa foto do Canadian Museum of Civilization Corporation (CMCC). 

Ela conta que um dia, antes de subir ao trono, o futuro faraó, ao adormecer à sombra da esfinge depois de uma caçada, sonhou que a mesma lhe aparecia e pedia que removesse a areia que naquela época quase que a cobria inteiramente. O que nos interessa no momento não é essa história propriamente dita, mas os relevos feitos no granito. Neles o faraó aparece fazendo oferendas diante da esfinge que, por sua vez, se apresenta assentada sobre uma construção complexa.



 Tradicionalmente os arqueólogos têm dito que o palácio gravado na estela é representação do templo que existe até hoje diante da esfinge. A argumentação contra esse entendimento é o fato de que a forma do edifício representado na estela é totalmente diferente do templo da esfinge. Além disso, as regras de perspectivas usadas pelos artistas egípcios fariam com que eles colocassem o templo diante da esfinge, como realmente ele está situado, e não abaixo dela. Então, torna-se possível que a construção representada na estela por sob a esfinge realmente exista no sub-solo.


Plínio, o naturalista romano nascido em 23 da nossa era e autor de uma História Natural PLíNIO, O VELHO EDGAR CAYCE composta de 37 livros, referindo-se à esfinge afirmou que os egípcios encaravam-na como uma divindade e que eram de opinião de que havia um rei enterrado dentro dela.


 No século X da nossa época, cronistas árabes afirmaram que existem portas secretas na esfinge levando a salas com tesouros incalculáveis. Mais recentemente, na primeira metade do século XX, o místico Edgar Cayce afirmou que a Grande Esfinge era a guardiã do Salão dos Arquivos, ou pelo menos sua entrada, o qual continha os registros da história e da sabedoria da civilização perdida da Atlântida, trazidos para o Egito por seus sobreviventes.

 Segundo ele, a esfinge e as pirâmides teriam sido erguidas não pelos egípcios, mas por essa civilização muito mais antiga, por volta de 10500 anos antes de Cristo, e as informações a respeito disso seriam um dia encontradas no subsolo daquela região. Poderia tudo isso ser verdadeiro?

Entre 1925 e 1936 foram realizadas algumas das escavações mais antigas dos tempos esfigem em 1930 modernos naquele monumento, administradas pelo engenheiro francês Emile Baraize por ordem do Serviço de Antiguidades do Egito.

Durante esse período ele foi responsável por escavações da área que circunda a esfinge e removeu a areia que cobria não apenas essa área, mas a esfinge em si. 

A foto acima mostra como andavam os trabalhos em 1930. Além disso, construiu um muro de retenção para ajudar a manter o monumento livre da areia do deserto circunvizinho. Retirada a areia, ele percebeu que a esfinge estava muito dilapidada, crivada de grandes rachaduras e com muitos dos blocos usados nos reparos do período faraônico fora do lugar.

 Foi quando realizava os consertos necessários que ele descobriu duas entradas: uma localizada na anca, bem ao norte do centro, e a outra na esquerda, ou seja, no lado norte do monumento, a meio caminho entre as patas dianteiras e traseiras. Essa última entrada, partindo do nível do chão, conduzia a passagens subterrâneas que na realidade eram becos sem saída.

 Ele registrou essas descobertas em duas centenas de fotografias e selou as entradas com blocos de pedra e cimento. Baraize também encontrou um poço profundo no topo da cabeça da esfinge.

 O buraco, quadrado, media aproximadamente um metro e cinquenta centímetros de lado e quase um metro e oitenta centímetros de profundidade.

 Talvez fosse destinado à fixação de um adorno para a cabeça da esfinge. Posteriormente todos esses achados foram praticamente esquecidos.

O assunto ficou adormecido até os anos 70 do século XX, quando várias restauraçõesA ENTRADA NA ANCA e algumas pesquisas adicionais foram feitas na área da esfinge. Esse trabalho continuou por dez anos, mas já durante a parte inicial do projeto um antigo operário que fizera parte da equipe de Baraize informou a existência de uma passagem na anca, ou seja, na parte posterior do monumento, assinalada na foto ao lado pela seta.

Ela foi investigada em 1980 pelos famosos egiptólogos Mark Lehner e Zahi Hawass. Eles informaram que a passagem, com pouco mais de um metro de largura e atingindo em alguns trechos um metro e oitenta centímetros de altura, subia e descia por uma extensão de cerca de nove metros, mas não conduzia a parte alguma e nada havia dentro dela de muito interesse.

A segunda passagem encontrada por Baraize, no flanco norte, também foi investigada, mas novamente se constatou tratar-se de um beco sem saída e sua entrada acabou sendo lacrada.

 Ainda havia a terceira passagem achada por Baraize na parte superior da cabeça da esfinge, a qual também foi investigada com pouco resultado. Finalmente, um poço vertical desce através do corpo da esfinge a partir do topo da cintura. 

Trata-se, na realidade, do alargamento de uma grande fissura natural que corre através de todo o sítio da esfinge. 

Antes das restaurações modernas feitas no monumento, essa fenda se abria com mais de dois metros de largura ao longo do topo das costas do animal.

Em 1977 a equipe do físico Lambert Dolphin, da Universidade de Stanford, nosMEDIÇÕES DE RESISTIVIDADE Estados Unidos, realizou pesquisa usando tecnologia de medição de resistividade elétrica em frente às patas da Esfinge, como vemos na foto ao lado, ao longo de seus flancos e diagonalmente na anca à esquerda. 

Na figura abaixo as linhas pontuadas mostram os locais das várias medições feitas. Essa técnica, que era nova na época, envolve a passagem de uma corrente elétrica por eletrodos cravados na rocha.

 Como resultado foram observadas várias anomalias em quatro áreas. É bom esclarecer que as técnicas empregadas nesses projetos não revelam diretamente a existência de câmaras ou passagens. Elas apenas mostram anomalias.

 Uma anomalia é alguma coisa que foge OS LOCAIS DAS MEDIÇÕES do resultado padrão da técnica que está sendo empregada, seja ela qual for. 

A seguir essas tais anomalias devem ser interpretadas para serem consideradas construções artificiais, como câmaras e túneis, ou elementos naturais, como fissuras e cavidades da própria rocha.

 E mesmo nessa etapa o que existe é apenas uma interpretação dos dados e a confirmação ou não da hipótese só poderá ser obtida através de perfurações, as quais geralmente não são feitas. Atrás das patas traseiras da esfinge as pesquisas da equipe de Dolphin deram sinais de que ali pode haver um túnel alinhado no sentido que vai de noroeste, a direção da própria esfinge, para sudeste.

Outra anomalia existe no centro do lateral sul do monumento e parece indicar a existência de um poço vertical. Há duas anomalias, também, em frente às patas dianteiras da Esfinge, sendo que uma delas sugere uma cavidade ou poço que se estenderia até 10 metros de profundidade.

Se tal cavidade realmente existir, estará provavelmente cheia com pedregulho. O relatório dos cientistas assim se expressa a respeito do que foi encontrado: As anomalias de resistividade que achamos ao redor da esfinge não estão suficientemente definidas para permitir quaisquer conclusões com absoluta certeza e achamos que uma pesquisa mais detalhada deveria ser realizada.

No ano seguinte, 1978, as pesquisas foram retomadas. O filho de Edgar Cayce injetou recursos financeiros no projeto e, desta vez, foram levados ao Egito equipamentos de perfuração, compressores de ar e instrumentos ópticos. Tornou-se possível perfurar e inserir câmeras de vídeo miniaturizadas para investigar qualquer anomalia. A equipe realizou uma série de medições acústicas e de resistividade ao redor da esfinge, sob ela, e na área do templo, tendo encontrado várias anomalias.

 Foram perfurados cinco buracos com quatro polegadas de diâmetro cada um, sendo que três deles no chão do templo. Um deles parecia promissor, mas quando a câmera foi introduzida tudo o que encontrou foi uma caverna natural.

Os outros dois buracos foram perfurados no solo rochoso ao redor da esfinge, onde uma das anomalias maiores foi detectada perto da pata direita da figura. Tudo o que se achou, porém, foi uma rachadura pequena no leito de rocha. Dolphin afirmou: Concluímos que não há grandes câmaras, cavidades, espaços vazios ou mesmo preenchidos sob a esfinge, sob a plataforma em que ela se apóia ou sob seu templo.

Minha impressão geral é de que toda a área da esfinge não apresenta nenhuma anomalia significativa, a não ser rachaduras secundárias aqui e ali. Eu pessoalmente penso que a questão da existência de possíveis câmaras sob a esfinge é assunto morto. Eu absolutamente não acredito que exista alguma lá.

Redação

Fotos net.

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