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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Rússia entrega aos EUA plano para controlar armas químicas da Síria Ban diz que atrocidades na Síria refletem fracasso coletivo da comunidade internacional

A agência de notícias russa Itar-Tass informou nesta quarta-feira que a Rússia entregou aos Estados Unidos os planos de colocar sob controle internacional o arsenal químico sírio. A proposta deve ser discutida nesta quinta, em Genebra, pelos chefes de diplomacia de Washington e Moscou, John Kerry e Serguei Lavrov, respectivamente.
Ontem, o chanceler sírio, Walid al-Muallem, afirmou que o regime de Bashar al-Assad tinha aceitado a proposta russa de submeter suas armas químicas ao controle internacional.
"Tivemos uma rodada de negociações muito frutífera com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, e avançamos na iniciativa referente às armas químicas", disse o chanceler, citado pela agência Interfax.
Demonstrando desconfiança, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse, por sua vez, que, "se for verdadeira", a proposta russa representa um "desenvolvimento potencialmente positivo" da crise síria.
Um tom de desconfiança também foi adotado pelo Reino Unido. O premier David Cameron afirmou que "permanecem no ar algumas perguntas sobre a proposta russa".
Enquanto isso, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse hoje que as atrocidades cometidas na Síria são resultado de um "fracasso coletivo" da comunidade internacional.    
Em um discurso na Assembleia Geral da ONU sobre a responsabilidades dos Estados na proteção dos povos, Ban fez um novo apelo ao Conselho de Segurança (CS) pela Síria. "Nosso fracasso coletivo para evitar as atrocidades cometidas na Síria, faz dois anos e meio, pesará notavelmente na reputação das Nações Unidas e de seus estados membros", concluiu.    
A Alta Representante da União Europeia (UE) para os Assuntos Estrangeiros e a Política de Segurança, Catherine Ashton, por sua vez, disse hoje que a proposta russa para colocar o arsenal químico da Síria sob controle internacional "é importante porque é a primeira vez que a comunidade internacional está unida" sobre o assunto.    
Ela ainda ratificou, diante do Parlamento Europeu, a "condenação" da UE ao uso de armas químicas, como suspeita-se que Bashar al Assad tenha feito, acrescentando que o regime de Damasco contava com recursos para perpetrar este tipo de ataque.

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