A presidente brasileira, Dilma Rousseff, exigiu nesta sexta-feira na cúpula do G20 realizada em Cannes (sul da França) maiores compromissos para reduzir os gases de efeito estufa causadores do aquecimento global.
"Os países devem assumir compromissos para reduzir emissões de gases de efeito estufa", disse Dilma aos seus colegas que participam do encontro, que reúne as 20 maiores potências desenvolvidas e emergentes do planeta, antes de ressaltar que os efeitos perversos "exigem iniciativas urgentes".
No entanto, Dilma advertiu que "há responsabilidades comuns e compromissos diferenciados" e que não se pode exigir dos países em desenvolvimento mais esforço financeiro.
"Os países em desenvolvimento estão dispostos a oferecer uma contribuição, mas esta contribuição deve ser compatível com a redução da pobreza sem impor obrigações financeiras adicionais".
Dilma advertiu aos seus colegas que a reunião que será realizada neste mês de novembro na cidade sul-africana de Durban "não pode repetir o fracasso de Copenhague".
Lembrou que, na reunião de Copenhague, o Brasil assumiu o compromisso voluntário de reduzir de 36 a 39% a emissão de gases de efeito estufa sobre a projeção para 2020.
Também lembrou às nações desenvolvidas sua "responsabilidade pública" que deve ser complementada com a participação no setor privado.
A presidente brasileira espera que o evento Rio+20, previsto para o mês de junho, em vez de impor novas metas, discuta um modelo de crescimento para o futuro, não apenas sobre meio ambiente, mas no qual sejam incluídas a economia verde, a erradicação da pobreza e a governança internacional para o desenvolvimento sustentável.
Dilma Rousseff conversou com a chefe do governo alemão, Angela Merkel, para abordar temas como a situação da Síria e do G4, integrado por Índia, Brasil, Alemanha e Japão, que tentam obter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.