Após os estragos do vulcão, Bariloche está pronta para os turistas
Em 4 de junho do ano passado, o vulcão Puyehue, localizado no Chile, começou a lançar cinzas que atingiriam 10 mil metros de altura. Era sua primeira erupção em décadas. Poucos dias depois, tocadas pelo vento, as cinzas começaram a cair em vários lugares, principalmente, para o lado argentino. Faltava menos de um mês para começar a alta estação em San Carlos de Bariloche, a mais atingida das cidades turísticas do país. Comerciantes, hoteleiros e todos que fazem parte da cadeia produtiva lançaram olhares irados — e não menos desolados — para o céu. Era o prenúncio de um forte abalo nos negócios, como realmente foi.
Uma fotografia que correu o mundo mostra uma cidade tomada pelas cinzas e populares tentando, inutilmente, com pás e vassouras, retirar a sujeira. Foi a pá de cal (ou de cinzas) que faltava para que a temporada de neve de 2011 se transformasse num fiasco. Justamente quando se esperava um aumento substancial de visitantes, em função do sucesso do ano anterior, o céu se mostrou inclemente. Aeroportos fechados por dias e dias, prejudicaram não só Bariloche, mas também várias outras localidades e estações.
Segundo Leo Tiberi, da Empresa de Promoção Turística de Bariloche (Emprotur), o setor acredita numa boa recuperação este ano. “Em 2010 chegaram a Bariloche 20 mil turistas do Brasil. Em 2011, por causa do vulcão e do fechamento do aeroporto, foram 4 mil. Agora esperamos recuperar e aumentar o número de amigos brasileiros. Já estão habilitados 120 voos charters diretos de São Paulo a Bariloche”, disse.