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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Simulações avançadas podem amenizar transtornos para quem vai ao espaço

Simulações avançadas podem amenizar transtornos para quem vai ao espaçoAlém de treinamento intenso, a experiência de ir para fora da Terra demanda cuidados, como a preservação da saúde óssea e muscular

Vilhena Soares - --


“Estar apaixonado é livrar-se da gravidade.” Essa é uma das definições de Sting para o amor escrita na autobiografia intitulada Fora do Tom. Será que a experiência é semelhante à de um astronauta no espaço? Na prática, talvez seja mais desconfortável a perda da sensação dos pés no chão do que a descrita na figura de linguagem. Ainda assim, ir para além do planeta Terra é uma experiência que fascina quem já teve a chance de senti-la na pele, tira o sono de quem a espera e habita a mente de muitos aficionados pelo espaço sideral.

Marcos Pontes, tenente-coronel da Força Aérea Brasileira, é o único astronauta brasileiro a ter ido ao espaço. Ele foi escolhido em 1998 pela Agência Espacial Brasileira e pela Agência Espacial Americana (Nasa). Durante dois anos, participou de treinamentos e fez a viagem em 2006 à Estação Espacial. Pontes explica que a experiência exigiu muito preparo físico. “O ambiente espacial é bastante hostil para a saúde dos astronautas. Muita gente pensa que ‘treinar como um atleta’ (parte física) é pré-requisito para ser astronauta. Negativo. O principal é a saúde em perfeita ordem”, deta

Segundo Pontes, até se tonar um astronauta profissional, são necessários muitos anos de curso e treinamento. Teorias sobre os sistemas das espaçonaves, práticas em simuladores, aulas de geologia, astronomia, medicina, paraquedismo, além de exames médicos fazem parte da formação. No caso do astronauta brasileiro, depois de dois anos de qualificação básica e de cinco anos e meio de treinamento avançado, ele se dedicou durante dois anos à especialização. “A minha qualificação é de astronauta especialista de missão, um tipo de mecânico de espaçonave. Hoje, faço parte do time de astronautas de manutenção da Estação Espacial Internacional”, destaca.

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