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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Depois de Wagner Montes, Myrian Rios se filia ao PSD

A deputada Myrian Rios em  foto de arquivo - Simone Marinho
RIO - A deputada estadual Myrian Rios deixou na quinta-feira o PDT para se filiar ao PSD, seguindo os passos do colega de plenário Wagner Montes, que anunciou na terça-feira sua ida para o partido fundado pelo prefeito Gilberto Kassab. Com isso, o PSD se firma como a maior bancada da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), com 13 deputados, seguido pelo PMDB, com 11, e PDT, com nove.
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Myrian oficializou sua ida para o PSD no último dia do prazo estabelecido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que políticos mudassem para o novo partido sem perder o mandato por infidelidade partidária. A legenda foi criada no dia 27 de setembro e, pelas regras do tribunal, poderia filiar por 30 dias parlamentares que queriam se transferir de partido sem perder o cargo.
- Criou-se um clima muito positivo nesta reta final, e a Myrian percebeu que o PSD é o partido onde ela teria maior possibilidade de reeleição - disse o presidente estadual do PSD, Indio da Costa.
E foi o próprio Indio da Costa quem procurou Wagner Montes para participar da nova legenda:
- O Wagner é uma referência popular, e o PSD pretende ser um partido não da elite, como acabaram se tornando outros partidos, mas uma legenda da base.
A filiação de Myrian, católica ligada à Renovação Carismática, é a prova de que o PSD investe em parlamentares religiosos. O partido já tinha em seus quadros os deputados estaduais Samuel Malafaia, irmão do pastor Silas Malafaia, e Fábio Silva, além de Arolde de Oliveira, dono de uma gravadora gospel.
- Eleitoralmente, é importante e estratégico - disse Indio, sobre ter na sigla políticos de diferentes religiões.
Ex-aliado de Garotinho vai ser líder do PSD na AssembleiaNa alerj, a maior bancada tradicionalmente indica o presidente da Casa. Mas Indio já avisou que o partido abrirá mão desta prerrogativa, porque "vai apoiar quem o governador quiser":
- Na política, vale a palavra. Se o partido tivesse oito deputados, nós apoiaríamos o indicado de Cabral. Esses 13 votos darão apoio ao governador, que, ao que tudo indica, quer o Paulo Melo (PMDB).
O PSD conta ainda com o deputado estadual Christino Áureo, que está licenciado do mandato porque é secretário de Agricultura e Pecuária do governo de Sérgio Cabral.
Para desgosto do ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho, um ex-aliado - Iranildo Campos, um dos quatro deputados estaduais que deixaram o PR - será o líder do PSD na Alerj. O ex-governador amarga ainda uma outra perda: a deputada federal Liliam Sá deixou o PR e também se filiou ao partido de Kassab.
A bancada fluminense da nova legenda fica agora com cinco nomes, embora Sérgio Zveiter esteja licenciado porque atualmente é secretário de Trabalho e Renda do governo Cabral. Na Câmara dos Vereadores, o PSD já contava com Carlinhos Mecânico, eleito em 2008 pelo PPS, e Aloísio Freitas, que deixou o DEM, mas não vai tentar reeleição no ano que vem
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