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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

EUA e Coreia do Sul aumentam defesa contra provocação do Norte


Coreia do Norte
Os ministros de Defesa dos EUA e Coreia do Sul, Leon Panetta e Kim Kwan-jin reveem as diretrizes operacionais de defesa para retaliar a Coreia do Norte
Os Estados Unidos e a Coreia do Sul estudam a adoção de medidas adicionais para deter futuras provocações norte-coreanas, disseram os chefes de Defesa dos dois países aliados nesta sexta-feira.
As tensões na península coreana atingiram o ponto mais alto em décadas no ano passado, quando um navio da Marinha sul-coreana foi afundado com um torpedo disparado, segundo alega Seul, por Pyongyang. O Norte nega envolvimento no incidente que matou 46 marinheiros. Depois a Coreia do Norte bombardeou uma ilha sul-coreana, matando quatro pessoas e levando o Sul a revidar.
A resposta de Seul, criticada pelos sul-coreanos por ser muito fraca e tardia, desencadeou uma revisão das diretrizes operacionais de defesa para permitir uma retaliação mais dura em eventos semelhantes no futuro.
-O ministro (coreano) e o secretário (dos EUA) reafirmaram a necessidade de aprimorar as capacidades de dissuasão militar da Aliança de uma forma mais prática e concreta e também melhorar a prontidão de resposta no caso de uma provocação da Coreia do Norte-, afirmou uma declaração conjunta dos chefes de Defesa. ”Eles também decidiram avançar nas suas capacidades combinadas de prontidão nas Ilhas do Noroeste e nas áreas próximas à Linha Limítrofe do Norte”, acrescentou o comunicado.
As águas perto da fronteira marítima disputada são um ponto de tensão e têm sido palco de vários confrontos entre as duas Coreias desde 1999, incluindo os dois ataques do ano passado.
O ministro de Defesa da Coreia do Sul, Kim Kwan-jin, disse que Washington reafirmou seu compromisso de fornecer “um aumento avassalador de forças em circunstâncias extraordinárias”.
Kim e o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, repetiram o alerta de que a Coreia do Norte representa uma séria ameaça à paz regional e global.
Kim disse que a próxima agressão de Pyongyang -que ele acredita que pode acontecer no próximo ano- será seguido por uma resposta inicial por parte das forças sul-coreanas.
-E, em seguida, uma resposta conjunta Coreia do Sul-EUA, se chegar o momento disso, vai incluir todos os ativos disponíveis-, afirmou Kim em entrevista coletiva.
O porta-voz do Pentágono, George Little, alertou que um envolvimento militar dos EUA não significa necessariamente o uso de força letal. No ano passado os militares dos EUA e da Coreia do Sul realizaram exercícios conjuntos em resposta aos ataques da Coreia do Norte.
Little acrescentou que a possibilidade de envolvimento dos EUA também não era algo novo, dado o “espectro” de respostas possíveis disponíveis.
Ainda assim, os comentários de Kim enfatizaram a pressão sobre Seul para responder com mais força ao Norte se sua atual abertura diplomática der lugar a agressão renovada.