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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ao som de berrantes e aplausos, Tinoco é enterrado em SP


Ao som de berrantes e aplausos, Tinoco é enterrado em SP

O cantor, parceiro de Tonico, morreu na madrugada desta sexta-feira aos 91 anos devido a complicações respiratórias

Ao som de berrantes e aplausos, Tinoco é enterrado em SP


Realizado na tarde desta sexta-feira (4), o enterro do cantor Tinoco foi marcado pela presença de cerca de 400 pessoas, segundo a Guarda Metropolitana Civil. O músico, que faleceu de insuficiência respiratória na madrugada desta sexta-feira (4), foi velado no Cemitério da Quarta Parada, no Belém, zona leste de São Paulo.
A cerimônia ainda foi marcada por uma orquestra de violeiros e berranteiros, que tocaram enquanto as pessoas entoava, sem parar, várias músicas de Tinoco - entre elas, Moreninha Linda e Chico Mineiro. "Patrimônio da cultura brasileira", manifestou-se uma pessoa em um momento de silêncio.
A cerimônia foi marcada por uma orquestra de violeiros e berranteiros
A cerimônia foi marcada por uma orquestra de violeiros e berranteiros
Carreira
Tinoco formou uma das duplas sertanejas mais famosas e respeitadas do País ao lado do irmão mais novo João Salvador Perez, o Tonico, ainda nos anos 30.
Com a paixão pela música herdada dos avós maternos, Olegário e Izabel, Tonico e Tinoco começaram a carreira em 1930, quando moravam em Botucatu, no interior de São Paulo. A primeira apresentação profissional aconteceu cinco anos mais tarde, junto com um primo, em show em uma quermesse local.
Em 1941 a família se mudou para a capital paulista e, devido às dificuldades financeiras, começaram a fazer apresentações aos finais de semana, ao lado de Raul Torres Florêncio, como o trio Os Três Batutas do Sertão.
Increveram-se em um programa de calouros na Rádio Emissora de Piratininga, chegando à final do concurso, quando foram aplaudidos de pé pelo público. Outros violeiros da competição também se emocionaram e cumprimentaram a dupla que já dava sinais de sucesso.
A partir daí começaram a colher os frutos e, no início da década de 50, já eram considerados um dos maiores nomes da música sertaneja no País. Nos anos 60, realizaram quase mil gravações, dividas em 83 álbuns. A dupla teve fim com a morte de Tonico, em 1994.
Fonte:JB/TERRA