Secretário de Segurança foi testemunha de defesa de líder comunitário William da Rocinha. Na foto, Nem deixa o TJ
Nem e Beltrame comparecem à audiência no Tribunal de Justiça do Rio
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, prestou depoimento, nesta quinta-feira, na 38ª Vara Criminal em audiência com traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem. O processo tem como referência o vídeo em que Nem e o ex-representante da comunidade da Rocinha, William de Oliveira, estão supostamente negociando dinheiro pertencente ao tráfico.
O secretário foi testemunha de defesa do ex-líder comunitário e do Alexandre Leopoldino Pereira da Silva ex-funcionário da Casa Civil. Beltrame explicou sobre o fato de ele ter recebido um email que tinha ameaças contra William. Assim, não teria sentido fazer operação ou abrir inquérito, pois a ocupação da Rocinha pelas Forças de Pacificação estava marcada para o mês seguinte, afirmou a autoridade.
Entre os alocados estavam o vereador Paulo Messina (PV), o deputado estadual André Lazaroni (PMDB), e Alexandre Herdy, delegado da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis(DRFA) na época da realização do inquérito que envolvia os acusados. As autoridades. Eles tiveram que explicar a relação entre o ex-líder e o delegado sobre a acusação. O delegado Maurício Demétrio não compareceu, devido a problemas de saúde.
Nem depõe no Rio
Nem chegou ao Tribunal de justiça do Rio (TJ-RJ) às 10h30 desta quinta-feira, num helicóptero da Polícia Civil. Foi a primeira vez que o criminoso participou da audiência pessoalmente, já que somente nessa quarta-feira, foi transferido para o presídio de Bangu I, na Zona Oeste do Rio. O traficante estava preso em regime de segurança máxima em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Desta forma, era ouvido através de videoconferência.
Em janeiro, depois de cinco horas de espera, o depoimento de Nem durou apenas oito minutos. O traficante disse não conhecer nenhum dos 40 indiciados que respondem com ele ao processo e que são apontados no inquérito como participantes do tráfico de drogas e armas. Ele afirmou que permaneceria em silêncio. "Fui orientado pela minha defesa. Não vou falar mais nada", concluiu.
Fonte:JB