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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Preço do combustível pode variar até 30% nos postos da cidade


“A Lei do Petróleo não prevê qualquer tipo de tabelamento, valores máximos ou mínimos, nem autorização prévia da ANP para reajustes”, diz o site da Associação Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Regidos por esta não regulamentação, os postos de combustível do Rio de Janeiro apresentam variação de preço que pode ultrapassar os 30%.
De acordo com pesquisa do órgão, que pode ser encontrada aqui, os valores nos postos chegam a variar  17,42% na gasolina, 30,78%, no álcool, e a 25,01% no GNV. O levantamento considera o período de 13 a 19 de maio. 
O levantamento da ANP mostra que em Madureira (Zona Norte) é possível abastecer o veículo com gasolina a R$2,559, o litro, no posto onde a bandeira é branca. No outro extremo, em Botafogo (Zona Sul), o posto de bandeira IPP, a gasolina custa R$ 3,099. Esse é o preço mais alto do combustível no Município do Rio, aponta a pesquisa. 
 Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência do Município do Rio de Janeiro (Sindcomb), Manoel Fonseca da Costa, a definição de preços dos combustíveis veiculares depende dos mesmos quesitos de outras formas de comércio. Segundo ele, é mais caro abastecer na Zona Sul da cidade por conta do preço dos pontos e devido ao IPTU.
“O gasto do proprietário de posto em Ipanema é muito superior ao encontrado em Madureira, sem falar que ele é cortejado, a todo o momento, pelo mercado imobiliário, que comprou 15 postos de combustível na Zona Sul nos últimos anos”, lembrou. “Outro fator que faz o preço oscilar é a negociação com o distribuidor. O de bandeira branca tem poder de barganha, enquanto o dono de um posto Esso ou Shell é engessado, tem de pagar o preço que lhe é imposto. Sem falar na concorrência, infinitamente maior nas Zonas Oeste e Norte”.
De acordo com o dirigente do Sindcomb, que representa os mais de 900 postos da cidade do Rio de Janeiro, o serviço oferecido por cada unidade também tem influência no preço cobrado ao consumidor.
“Todo comerciante que oferece melhor atendimento, que corteja o cliente, cobra mais caro. É assim no ramo de alimentação, é assim com os combustíveis”, finalizou ele, que é proprietário de posto.
Enquanto o lucro líquido da Petrobras, no primeiro trimestre do ano, caiu para R$ 9,4 bilhões, quase 16% menor que o registrado no mesmo período de 2011, os varejistas de combustível parecem não ter do que reclamar. O dono de um posto na Zona Sul, que não quis se identificar, afirmou que seu lucro, apenas em março de 2012, foi R$ 150 mil maior do que no mesmo mês do ano passado. No entanto, ele não revelou quanto isso representa em seu faturamento.
“A demanda por combustível não diminui nunca. O custo operacional é coberto em 10 dias, no máximo”.
Fonte:JB