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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O ECOAR DAS IDEOLOGIAS E SUAS DERROTAS



Relembrando o passado e a história dos movimentos europeus e suas   dificuldades, vemos de um lado os adeptos dos diversos sistemas utópicos: os partidários de Owen na Inglaterra, os seguidores  de Fourier  na França, ambos já reduzidos a simples meras seitas  agonizantes; de outro lado os mais variados charlatães sociais que prometiam, sem qualquer dano para o capital e os lucros, curar todas as enfermidades sociais por meio dos mais  diversos truques.

Nos dois casos, eram homens que viviam fora do movimento operário e que procuravam apoio, de preferência, junto às classes com pensamentos irônicos, políticos mal esboçados, puramente instintivos, às vezes um pouco grosseiros,  prova de várias derrotas ideológicas.

Pierre Joseph Proudhon (1809-1865) - economista, teórico político e escritor francês, um dos fundadores do anarquismo, pregava a confiança total no mutualismo e na organização do crédito gratuito como resposta ao problema da miséria social. Seu projeto teve grande repercussão, particularmente entre as classes operárias, mas fracassou. Filosofia da miséria, principal obra de Proudhon, mereceu uma dura crítica de Marx que, em resposta, escreveu “A miséria da filosofia”.

Robert Owen (1771-1858) - filantropo e socialista utópico inglês, empresário que amealhou grande fortuna utilizando para melhorar a sorte de centenas de milhares de operários. Seu projeto, porém, fracassou.

Charles Fourier (1772-1837) - socialista utópico francês, fomentador de cooperativas de produção e de consumo, cujos rendimentos deveriam ser distribuídos entre o trabalho, o talento e o capital, mas não teve sucesso.

Etienne Cabet  (1788-1856) - teórico comunista e escritor francês, defendia uma utopia social, cujas bases deveriam repousar sobre o princípio comunista e a  onipotência do Estado. Tentou criar uma colônia nos Estados Unidos segundo seu modelo, mas não teve sucesso.

Wilhelm Weitling (1808-1871) - político alemão, participou com destaque dos movimentos revolucionários e operários, chegando a propor um sistema comunista cristão, pois via na classe operária um meio privilegiado para a libertação de todos os oprimidos e explorados, mas não teve sucesso.

A história do movimento trabalhador moderno, no momento atual, é incontestavelmente a obra mais aclamada pelo povo brasileiro, entretanto, quando foi escrita e ecoou nos quatros cantos do nosso país, os brasileiros festejaram com alegria. Embora aprendendo com a história e o passado político que refletiu em todos nós, devemos aprender que com tantas mazelas e tropeços por circunstâncias “históricas existentes” e, por conseguinte, se deve atribuir uma real importância a uma política democrática e séria de caráter participativo, tendo o povo como principais agentes mobilizados e participativos e agindo com diretrizes éticas eficientes, não este progresso paralelo que enriquece os mais ricos, empobrece a classe média e deixa na miséria os mais pobres e humildes. Uma política mascarada na qual só os poderosos ficam com o poder e o povo, que em sua maioria não entende a política e o próprio  regime em que vive ou não quer participar. Alguns vendem “sua ideologia” e ”sua palavra de hora”  por meros centavos  e outros por favores diversos. Muitos morreram lutando pela sonhada liberdade. Eles devem estar se revirando no túmulo por tristeza.  Eles, os idealistas, lutaram e deram suas vidas para todos nós termos a nossa liberdade.
Vamos todos em uma só corrente nos unir ao querido povo de Parnamirim/RN. Com uma só corrente para dizer um não aos políticos corruptos e aos que ficam em casa em uma rede se balançando e não apresentam nenhum projeto para resolver os  problemas sociais. Vamos dizer um não. Não aqueles que não trabalham por Parnamirim/RN! E sim para aqueles que trabalham pelo bem e crescimento de Parnamirim/RN!

Por Leon Lopes