Relembrando
o passado e a história dos movimentos europeus e suas dificuldades, vemos de um lado os adeptos
dos diversos sistemas utópicos: os partidários de Owen na Inglaterra, os
seguidores de Fourier na França, ambos já reduzidos a simples meras
seitas agonizantes; de outro lado os
mais variados charlatães sociais que prometiam, sem qualquer dano para o
capital e os lucros, curar todas as enfermidades sociais por meio dos mais diversos truques.
Nos
dois casos, eram homens que viviam fora do movimento operário e que procuravam
apoio, de preferência, junto às classes com pensamentos irônicos, políticos mal
esboçados, puramente instintivos, às vezes um pouco grosseiros, prova de várias derrotas ideológicas.
Pierre
Joseph Proudhon (1809-1865) -
economista, teórico político e escritor francês, um dos fundadores do
anarquismo, pregava a confiança total no mutualismo e na organização do crédito
gratuito como resposta ao problema da miséria social. Seu projeto teve grande
repercussão, particularmente entre as classes operárias, mas fracassou. Filosofia
da miséria, principal obra de Proudhon, mereceu uma dura crítica de Marx que,
em resposta, escreveu “A miséria da filosofia”.
Robert
Owen (1771-1858) - filantropo
e socialista utópico inglês, empresário que amealhou grande fortuna utilizando
para melhorar a sorte de centenas de milhares de operários. Seu projeto, porém,
fracassou.
Charles Fourier (1772-1837) - socialista utópico francês, fomentador
de cooperativas de produção e de consumo, cujos rendimentos deveriam ser distribuídos
entre o trabalho, o talento e o capital, mas não teve sucesso.
Etienne Cabet (1788-1856) - teórico comunista e escritor
francês, defendia uma utopia social, cujas bases deveriam repousar sobre o
princípio comunista e a onipotência do
Estado. Tentou criar uma colônia nos Estados Unidos segundo seu modelo, mas não
teve sucesso.
Wilhelm Weitling (1808-1871) - político alemão, participou com
destaque dos movimentos revolucionários e operários, chegando a propor um
sistema comunista cristão, pois via na classe operária um meio privilegiado
para a libertação de todos os oprimidos e explorados, mas não teve sucesso.
A
história do movimento trabalhador moderno, no momento atual, é
incontestavelmente a obra mais aclamada pelo povo brasileiro, entretanto,
quando foi escrita e ecoou nos quatros cantos do nosso país, os brasileiros festejaram
com alegria. Embora aprendendo com a história e o passado político que refletiu
em todos nós, devemos aprender que com tantas mazelas e tropeços por
circunstâncias “históricas existentes” e, por conseguinte, se deve atribuir uma
real importância a uma política democrática e séria de caráter participativo, tendo
o povo como principais agentes mobilizados e participativos e agindo com
diretrizes éticas eficientes, não este progresso paralelo que enriquece os mais
ricos, empobrece a classe média e deixa na miséria os mais pobres e humildes.
Uma política mascarada na qual só os poderosos ficam com o poder e o povo, que
em sua maioria não entende a política e o próprio regime em que vive ou não quer participar. Alguns
vendem “sua ideologia” e ”sua palavra de hora”
por meros centavos e outros por
favores diversos. Muitos morreram lutando pela sonhada liberdade. Eles devem
estar se revirando no túmulo por tristeza. Eles, os idealistas, lutaram e deram suas
vidas para todos nós termos a nossa liberdade.
Vamos
todos em uma só corrente nos unir ao querido povo de Parnamirim/RN. Com uma só
corrente para dizer um não aos políticos corruptos e aos que ficam em casa em
uma rede se balançando e não apresentam nenhum projeto para resolver os problemas sociais. Vamos dizer um não. Não aqueles
que não trabalham por Parnamirim/RN! E sim para aqueles que trabalham pelo bem
e crescimento de Parnamirim/RN!
Por
Leon Lopes