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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Presidente Hugo Chávez anuncia nas redes sociais que voltou para Venezuela


Venezuelanos comemoram em frente a hospital onde ele está (Jorge Silva/Reuters)Venezuelanos comemoram em frente a hospital onde ele está

Manifestante carrega placa com foto do presidente venezuelano (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Manifestante carrega placa com foto do presidente venezuelano
Presidente Hugo Chávez anuncia nas redes sociais que voltou para Venezuela
Caracas - O presidente venezuelano Hugo Chávez anunciou nesta segunda-feira (18/2) de maneira surpreendente que desembarcou em Caracas, mais de dois meses depois de uma cirurgia em Havana para combater um câncer. "Chegamos de novo à Pátria venezuelana. Obrigado meu Deus!! Obrigado Povo amado!! Aqui continuaremos o tratamento", escreveu Chávez em sua conta no Twitter. "Obrigado a Fidel, a Raúl e a toda Cuba!! Obrigado a Venezuela por tanto amor!!", escreveu Chávez também no Twitter. "Sigo aferrado a Cristo e confiante em meus médicos e enfermeiras. Até a vitória sempre!! Viveremos e venceremos!!".


Segundo o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, o presidente pousou às 2h30 (4h de Brasília) em Caracas. O presidente foi internado no hospital militar de Caracas, informou Jorge Arreaza, genro do chefe de Estado e ministro da Ciência e Tecnologia, na mesma rede social. "O presidente já se encontra em seu quarto no Hosp. Militar Dr. Carlos Arvelo em Caracas, disposto a seguir com seus tratamentos", escreveu Arreaza.

O presidente, de 58 anos e desde 1999 no poder, viajou em 10 de dezembro para Cuba para a quarta cirurgia contra o câncer. O governo venezuelano havia divulgado na sexta-feira as primeiras imagens de Chávez após 69 dias de convalescença, nas quais aparecia sorridente no hospital ao lado das duas filhas mais velhas e lendo o jornal oficial cubano Granma de quinta-feira.

Durante mais de dois meses, o presidente não foi visto ou ouvido, enquanto o governo venezuelano divulgava boletins curtos sobre seu estado de saúde, sem nunca antecipar uma data de retorno. Na última informação divulgada, sexta-feira, o governo destacava que Chávez respirava por uma cânula traqueal que dificultava temporariamente a fala, por apresentar "certo grau" de insuficiência respiratória.



Chávez foi reeleito em 7 de outubro de 2012 para um terceiro mandato de seis anos. Apesar de não ter tomado posse em 10 de janeiro como estava previsto, o Tribunal Supremo autorizou Chávez a fazê-lo mais adiante, quando estivesse em condições, e que seu governo do mandato 2007-2012 prosseguisse no poder. Ainda não foi possível determinar se Chávez fará o juramento de posse em breve.

O presidente anunciou em 8 de dezembro o retorno do câncer, que foi detectado em meados de 2011, e designou pela primeira vez um sucessor, seu vice-presidente Nicolás Maduro. Maduro seria o candidato governista nas eleições que seriam organizadas caso Chávez ficasse "inabilitado" para governar.

A natureza e a gravidade do câncer de Chávez nunca foram revelados. O presidente venezuelano foi submetido a quatro cirurgias, sessões de quimioterapia e radioterapia, em tratamentos realizados quase exclusivamente em Cuba, onde goza de privacidade absoluta, acompanhado de seu aliado e amigo, o líder cubano Fidel Castro.

Na praça Bolívar de Caracas, dezenas de seguidores se reuniram para celebrar o retorno do presidente. "Voltou, voltou, voltou", gritavam os simpatizantes, segundo imagens exibidas pelo canal oficial VTV. No Twitter, os chavistas usavam a hashtag "ChávezBienvenidoALaPatria".

"Não há palavras que descrevam este momento... DEUS TE ABENÇOE. Presidente MEU Presidente", escreveu @jennyguerra1. Na VTV, os funcionários começaram a festejar ao vivo a notícia, acompanhados pelo ministro da Informação, Enesto Villegas. Mas, ao contrário das ocasiões anteriores, as imagens da chegada ao aeroporto de Maiquetía não foram exibidas pela VTV.

"Que o retorno do Presidente signifique que o Sr.Maduro e os Ministros comecem a trabalhar, há milhares de problemas por resolver", comentou no Twitter o líder da oposição, Henrique Capriles. "A incerteza sobre uma possível eleição presidencial antecipada permanece intacta, apesar do retorno presidencial", afirmou o presidente do instituto Datanálisis, Luis Vicente León.

Da France Presse
Publicação: 18/02/2013 07:32 Atualização: 18/02/2013 12:32