Um tribunal de Madrid expediu nesta terça-feira (19) uma ordem de prisão internacional contra o ex-presidente da China Jiang Zemin (1993-2003), o ex-premier Li Peng (1987-1998) e outros cinco ex-dirigentes do país asiático por uma suposta participação no genocídio cometido no Tibete nas décadas de 1980 e 1990.
Eles são acusados de ações para "eliminar a existência" dos tibetanos por meio da imposição da lei marcial, de promover a deportação forçada da população e de acabar progressivamente com o povo nativo. Para isso, o governo chinês impôs uma política de abortos e esterilizações forçadas.
A investigação começou após uma denúncia apresentada em 2006 pelo Comitê de Apoio ao Tibete (CAT), pela Fundação Casa do Tibete e por Thubten Wangcheng Sherpa Sherpa, presidente da comunidade tibetana na Espanha. Segundo as entidades, após a ocupação do seu território em 1950, mais de um milhão de pessoas foram assassinadas ou morreram nas mãos de oficiais chineses e mais de 90% das suas instituições culturais e religiosas foram destruídas.
"O ex-presidente Jiang Zemin e o ex-premier Li Peng não estão mais protegidos pela imunidade diplomática, e agora podem ser presos se saírem da China", explicou à ANSA o advogado do CAT, José Elias Esteve Molto.
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