O animal terrestre com a moradia mais profunda do mundo foi encontrado a quase 2 quilômetros de profundidade. Apropriadamente, sua casa é Krubera-Voronja, a mais profunda caverna do mundo, cujo ponto mais extremo é 2.191 metros abaixo da abertura da caverna. Ela está localizada próximo ao Mar Negro na Abkhazia, uma república separatista da Geórgia.
O artrópode, conhecido como Plutomurus ortobalaganensis, foi descoberto 1.980 metros abaixo da superfície, onde se alimenta de fungos e outras matérias em decomposição. Três outras novas espécies também foram encontradas na caverna: Anurida stereoodorata, Deuteraphorura kruberaensis e Schaefferia profundissima. Todas as quatro espécies foram classificadas como colêmbolos, um tipo de inseto pequeno primitivo sem asas. Vivendo na escuridão total, as espécies não têm olhos. No entanto, A. stereoodoratacompensa isso com uma forma altamente especializada de quimiorreceptores.
Os animais foram descobertos por Ana Sofia Reboleira, da Universidade de Aveiro, Portugal, e Alberto Sendra, do Museu de História Natural de Valência, Espanha. Eles estavam explorando a caverna Krubera-Voronja como parte de uma expedição de 2010.
Antes desta descoberta, colêmbolos foram encontrados apenas a meio quilômetro abaixo do solo. Em 1986, Ongulonychiurus colpus foi encontrado vivendo a 550 metros de profundidade em cavernas espanholas e, no ano passado, Tritomurus veles foi encontrado a 430 metros em cavernas na Croácia. A descoberta de espécies que vivem no subsolo profundo na escuridão total dá novas pistas sobre as condições extremas em que os animais podem sobreviver.
Por Dalane Santos
Por Dalane Santos
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