A passagem do supertufão Haiyan pelas Filipinas já deixou quatro mortos, sete feridos e 720 mil desabrigados. Mas existe o temor de que esses números aumentem nas próximas horas por conta do potencial destrutivo da tempestade de grau 5 que desde a manhã desta sexta-feira (8) devasta a região central do país asiático.
O tufão atingiu a costa com ventos de até 313 km/h, uma velocidade que, se for confirmada, o colocaria como o mais potente já registrado na história. Além disso, ele trouxe consigo ondas de seis metros de altura e chuvas torrenciais, provocando alagamentos, desabamentos e a destruição de centenas de barcos, além de ter interrompido a corrente elétrica e todas as comunicações em grandes áreas das ilhas de Cebu, Samar, Leyte e Bohol.
Calcula-se que 12 milhões de pessoas vivam nas 20 províncias que estão na trajetória de Haiyan, que neste sábado deixará o arquipélago para dirigir-se rumo a Vietnã e Laos. A chegada do tufão causou também a suspensão de todos os transportes marítimos e aéreos, cancelando 450 voos internos e seis internacionais. Os hospitais e milhares de militares estão em estado de alerta. "Só nos resta rezar", disse a uma rádio local Roger Mercado, governador da província de Leyte do Sul, uma das mais afetadas até aqui.
Com a progressiva retomada das comunicações, se teme que a contagem de vítimas e dos danos à infraestrutura ainda aumente muito. "Os danos dos ventos em Guiuan [cidade onde houve o impacto do tufão na costa] devem ter sido catastróficos, talvez os piores que qualquer lugar na Terra já sofreu no último século por conta de um ciclone tropical", afirmou o meteorologista norte-americano Jeff Masters.
AA
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