Com ordem de captura em 190 países, através de alerta conhecido como Difusão Vermelha no sistema de comunicação da Interpol, o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão e considerado foragido da Justiça, pode estar escondido no Brasil. Até a tarde desta terça-feira, não havia nenhuma confirmação de saída do fugitivo do território nacional.
A Polícia Federal prefere não descartar a possibilidade de fuga internacional, mas uma fonte oficial do órgão que atua na operação de buscas ao ex-diretor do BB disse, com exclusividade ao Terra, que setores de inteligência da PF desenvolvem operações sigilosas para localizar Pizzolato no Brasil. "Não podemos divulgar detalhes para não comprometer a metodologia do trabalho desenvolvido sob sigilo", informou a fonte.
Versões de supostos roteiros escolhidos para fuga através das fronteiras do Paraguai e Argentina, divulgadas pela imprensa, podem fazer parte de uma estratégia de um grupo de pessoas ligadas a Pizzolato com o objetivo de confundir o trabalho da polícia brasileira.
Com os passaportes, italiano e brasileiro, apreendidos pela Justiça no ano passado, a hipótese de fuga do ex-diretor do BB através de aeroportos de países vizinhos seria complicada, segundo um agente da PF. Antes do embarque, os passaportes apresentados por estrangeiros são verificados e é a realizada a conferência dos carimbos de entrada e saída. "Uma segunda via do documento sem carimbos ou mesmo um novo passaporte iria gerar dúvidas e possivelmente uma abordagem mais detalhada do passageiro", afirma o policial. Na segunda-feira, a Embaixada da Itália em Assunção, no Paraguai, informou que não houve emissão de novo passaporte para Pizzolato em território paraguaio, como chegou a ser divulgado inicialmente.
O Terra apurou que uma das linhas de investigação da polícia brasileira segue o deslocamento e a localização atual da arquiteta Andréa Hass, mulher de Pizzolato. Andréa teria deixado a cobertura em Copacabana, no Rio de Janeiro, dias após a saída do marido. Oficialmente, a PF não confirma a investigação.
Por Carlos Ohara
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