Isabela de Oliveira -
Publicação: 21/11/2013 08:21 Atualização:
Desde as primeiras observações do céu, astrônomos se perguntam como surgiu o fantástico cenário que abriga a Terra, o Sistema Solar. Séculos se passaram, e a curiosidade só aumenta, estimulada por novas peças que são descobertas e ajudam a montar esse imenso quebra-cabeça. Uma das pistas mais frescas é descrita na edição de hoje da Nature. Segundo um estudo publicado na revista especializada, um meteorito encontrado no continente africano em 2012 é um raro exemplar dos elementos que constituíam a crosta de Marte há 4,4 bilhões de anos, o que traz valiosas informações sobre a infância do Planeta Vermelho e, consequentemente, sobre os momentos iniciais do conjunto formado pelo Sol e pelos planetas e outros objetos que o circundam.
Maria Elizabeth Zucolotto, especialista em meteoritos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que nunca foi encontrada na Terra uma rocha tão antiga quanto a NWA 7533, nome dado à amostra. “Essa descoberta nos fala mais sobre o começo do nosso Sistema Solar e decifra o comecinho de tudo. A superfície de Marte é muito antiga e começou a se diferenciar (da de outros planetas) nos seus primeiros 100 milhões de anos. Isso nos permite saber quão diferente esse planeta já foi e como a água sumiu de lá”, afirma a pesquisadora, que não participou do estudo.
A sigla NWA é uma referência à região onde a pedra de 40mm foi achada, o noroeste da África. Acredita-se que, há bilhões de anos, uma grande colisão ocorreu em Marte, fazendo com que um bloco rochoso se soltasse do planeta e vagasse pelo espaço. Um dia, então, esse bloco entrou em rota de colisão com a Terra e, ao entrar em sua atmosfera, foi pulverizado, restando dele apenas pequenos fragmentos.
Além do 7533, os cientistas recuperaram outros quatro meteoritos resultantes desse incidente. Um deles, o NWA 7034, foi descrito anteriormente em outra pesquisa, mas as análises não mostraram que sua origem era tão antiga, o que foi feito agora graças a uma técnica de análise de decaimento radioativo do urânio presente no pedregulho. Segundo Munir Humayun, pesquisador da Universidade da Flórida e principal autor do novo artigo, é possível afirmar que os dois objetos vieram de Marte devido à sua composição química única, típica do planeta vizinho. “Eu quis analisar os elementos que são abundantes em meteoros condritos, mais raros em rochas da crosta terrestre. Um colega da universidade obteve uma amostra gentilmente cedida pelo proprietário, Luc Labenne, e a trouxe para o meu laboratório. Desde então, estamos ocupados decifrando os segredos desse meteorito”, diz.
Maria Elizabeth Zucolotto, especialista em meteoritos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explica que nunca foi encontrada na Terra uma rocha tão antiga quanto a NWA 7533, nome dado à amostra. “Essa descoberta nos fala mais sobre o começo do nosso Sistema Solar e decifra o comecinho de tudo. A superfície de Marte é muito antiga e começou a se diferenciar (da de outros planetas) nos seus primeiros 100 milhões de anos. Isso nos permite saber quão diferente esse planeta já foi e como a água sumiu de lá”, afirma a pesquisadora, que não participou do estudo.
A sigla NWA é uma referência à região onde a pedra de 40mm foi achada, o noroeste da África. Acredita-se que, há bilhões de anos, uma grande colisão ocorreu em Marte, fazendo com que um bloco rochoso se soltasse do planeta e vagasse pelo espaço. Um dia, então, esse bloco entrou em rota de colisão com a Terra e, ao entrar em sua atmosfera, foi pulverizado, restando dele apenas pequenos fragmentos.
Além do 7533, os cientistas recuperaram outros quatro meteoritos resultantes desse incidente. Um deles, o NWA 7034, foi descrito anteriormente em outra pesquisa, mas as análises não mostraram que sua origem era tão antiga, o que foi feito agora graças a uma técnica de análise de decaimento radioativo do urânio presente no pedregulho. Segundo Munir Humayun, pesquisador da Universidade da Flórida e principal autor do novo artigo, é possível afirmar que os dois objetos vieram de Marte devido à sua composição química única, típica do planeta vizinho. “Eu quis analisar os elementos que são abundantes em meteoros condritos, mais raros em rochas da crosta terrestre. Um colega da universidade obteve uma amostra gentilmente cedida pelo proprietário, Luc Labenne, e a trouxe para o meu laboratório. Desde então, estamos ocupados decifrando os segredos desse meteorito”, diz.
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