Meta de medalhas, porém, pode ser considerada modesta
A quantidade de atletas que o Brasil enviará aos Jogos Olímpicos de Londres, neste ano, deve ser menor do que a de Olimpíada de Pequim, em 2008. Nos Jogos de Londres, cerca de 250 esportistas devem representar o Brasil. Em Pequim, foram 277. De acordo com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), 165 atletas de 23 modalidades já estão classificados.
Mesmo diante de números que podem ser considerados acanhados, o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, em apresentação sobre a estrutura que o Time Brasil terá em Londres, feita nesta quarta-feira, na sede da entidade, destacou a as condições que serão oferecidas aos atletas.
"Estamos sempre procurando evoluir, mudar, buscando seguir o que os melhores países já fazem. Esta é a edição de Jogos Olímpicos em que o COB trabalhou com mais intensidade para prover todas as condições necessárias para que o atleta só pense em treinar, descansar e competir. Além disso, já estamos preparando nossos jovens para os Jogos Olímpicos Rio 2016", completou Nuzman. "Queremos que a diferença para a conquista de uma medalha esteja do nosso lado. Não queremos mais ouvir o atleta brasileiro pedindo as mesmas condições que seus adversários. Para Londres, ele já terá essa condição. Por isso, estamos entregando o melhor possível, assim como fazem as principais potências olímpicas", afirmou o superintendente executivo de esportes do COB, Marcus Vinicius Freire.
Apesar da equipe menor, o COB espera que o Brasil obtenha em Londres a mesma quantidade de medalhas alcançada em Pequim. Em 2008, os atletas brasileiros conquistaram 15 medalhas. Com isso, o Brasil ficou em 23º lugar no ranking.
“Gostaríamos de ter uma expectativa maior, mas temos que ser realistas”, afirmou o superintendente-executivo de esportes do COB. “Faltou tempo para que pudéssemos nos organizar e esperar resultados melhores.”
Segundo Freire, depois do Pan de 2007 e da escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016, governo e confederações se uniram para apoiar mais efetivamente o esporte olímpico. Esse apoio, porém, não chegou a tempo de influenciar o resultado de Londres.
As principais metas do COB para Londres 2012 são: classificar cerca de 250 atletas para os Jogos; obter maior número de finais olímpicas do que em Pequim 2008 (41); conquistar um número total de medalhas próximo ao de Pequim (15) e preparar os potenciais atletas para os Jogos Rio 2016.
"Trabalhamos com metas muito realistas, traçadas através de estudos sobre os resultados dos atletas brasileiros ao longo deste ciclo olímpico", disse Marcus Vinicius. "A mudança na forma de financiamento do esporte olímpico brasileiro se deu quando o Rio conquistou o direito de ser a sede dos Jogos de 2016, no dia 2 de outubro de 2009. Mas o dinheiro não compra medalhas. É preciso tempo para se formar um atleta olímpico, com apoio de todos os níveis de governo e da iniciativa privada. Por isso a nossa meta para 2016 é agressiva, dobrar o número de medalhas conquistadas em relação a Pequim e colocar o Brasil entre os 10 primeiros no quadro geral de medalhas. É uma meta forte, mas também realista, de acordo com o tempo que temos para trabalhar".
O Time Brasil ocupará os prédios N 14 A, B e D da Vila Olímpica. No bloco A funcionará a parte administrativa da Missão, no bloco B o departamento médico e no bloco D os atletas e comissões técnicas, num total de 44 apartamentos e 314 camas.
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