Recifes de coral na Flórida: moradores de lá, por sua vez, faziam capturas indiscriminadas, levando espécies à extinção
Havaianos agiam de forma sustentável e não tinham problemas com a pesca
A sustentabilidade é uma preocupação cada vez mais presente na vida das pessoas e parece um tema intimamente ligado com o futuro do planeta. Em algumas ocasiões, no entanto, olhar para o passado pode ser uma eficiente forma de encontrar soluções ecologicamente corretas. Um exemplo disso é o trabalho feito por pesquisadores do Centro para Soluções Oceânicas da Universidade de Stanford e da Faculdade Colby, dos Estados Unidos. Ao comparar como comunidades lidavam com a pesca há 700 anos na Flórida e no Havaí, os cientistas descobriram que os havaianos não tinham problemas para capturar peixes em grandes quantidades porque gerenciavam seus recifes de corais de modo sustentável. Os moradores da Flórida, por sua vez, faziam capturas indiscriminadas de animais marinhos, levando alguns a entrar em extinção.
No estudo, publicado na revista Fish and Fisheries, foram observados dados de pesca desde o estabelecimento de populações nos dois estados, obtidos nos registros históricos das regiões. “Descobrimos que a administração dos recifes teve grande impacto na produtividade de obtenção de peixes.
PARA SABER MAIS
Potencial do Brasil
O Brasil tem mais de 8 mil km de litoral e 12% da água doce disponível no mundo, o que faz com que seja uma nação potencial para o desenvolvimento da aquicultura em grande escala. A aquicultura abrange mais do que a criação de peixes, pois envolve o desenvolvimento de crustáceos, moluscos e diversos seres vivos aquáticos. Com a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que cada pessoa deve consumir, anualmente, 12 kg de pescado, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estima que a demanda por esse tipo de alimento suba aproximadamente 100 toneladas por ano até 2030.
Um dos países que tem como ajudar a atender a essa necessidade de produtos de origem pesqueira é o Brasil, fornecendo material para a alimentação e para o desenvolvimento de produtos farmacológicos. A própria FAO acredita que a nação será uma das maiores criadoras de peixes do planeta até 2030, quando a piscicultura brasileira deve chegar a 20 milhões de toneladas de animais produzidos.
Por Thais de Luna
Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura.
