A polícia espanhola prendeu dez suspeitos em Madri e Barcelona, quebrando uma rede internacional de doping esportivo supostamente ligada aos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, a Campeonatos Espanhóis de Atletismo e às Voltas da Espanha (2010) e de Portugal (2009) de ciclismo, segundo publicou o jornal britânico The Telegraph.
Devido às dificuldades de identificar os clientes finais e à proximidade dos Jogos Olímpicos de 2012, a polícia executou a operação após o chefe da quadrilha ter sido preso na Espanha, no último dia 5.
O cabeça da rede é um médico hispano-colombiano identificado apenas como Alberto BN, que, segundo a policia, tem muitos contatos no esporte de elite. Principal suspeito, BN estaria envolvido em casos de doping em diferentes países e foi preso no aeroporto de Madrid supostamente carregando produtos dopantes.
As investigações tiveram início no último verão do hemisfério norte, no meio do ano passado, quando a polícia investigava uma loja em Mataró, próximo a Barcelona, que venderia esteroides anabolizantes a esportistas.
O estabelecimento estaria ligado a um atleta catalão flagrado, durante o Campeonato Espanhol de Atletismo de 2010, com o esteroide EPO, ou eritropoietina. Segundo as investigações, a loja recebia a droga do Marrocos por dois intermediários. Um deles era enfermeiro em um centro de hemodiálise, de onde é suspeito de roubar diferentes tipos de EPO.
A loja também é acusada de entregar o esteroide a dois irmãos marroquinos em Madri, que administraram as substâncias dopantes a ciclistas que participariam da Volta da Espanha.
O ministro do esporte espanhol, José Ignacio Wert, afirmou em fevereiro que o governo tentaria igualar as leis antidoping da Espanha com as da Agencia Mundial Antidoping (WADA, em inglês). Segundo o ministro, este foi um ponto crucial na proposta de Madrid para sediar os Jogos Olímpicos de 2020 - a capital espanhola concorre com Istambul (Turquia), Baku (Azerbaijão), Tóquio (Japão) e Doha (Catar).
Fonte:JB