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domingo, 18 de março de 2012

Democracia ainda a igualdade sonhada por Nelson Mandela


 (Rogan Ward/Reuters - 7/3/12)













Democracia ainda não trouxe para os negros a igualdade sonhada por Mandela




Belo Horizonte — Foi com o apoio de 68% dos eleitores brancos — os únicos sul-africanos com direito a voto, na época — que um plebiscito encerrou oficialmente o sistema legal de segregação por raças instaurado a partir de 1948. O apartheid marginalizava da cidadania os negros, os indianos e os mestiços, que representavam 80% da população e foram classificados como “não brancos”. Ele caiu pelo voto em 17 de março de 1992, dois anos depois de o presidente Frederik de Klerk, branco e dirigente do Partido Nacional, que deu origem ao sistema, libertar o símbolo maior da luta antirracista, Nelson Mandela, como parte de uma reforma empreendida para livrar o país do isolamento internacional quase absoluto.


Passadas duas décadas, e depois de quatro presidentes negros — Mandela, Thabo Mbekil, Kgalema Motlanthe (interino) e Jacob Zuma (o atual titular) —, a África do Sul continua distante dos ideais que inspiraram sua transformação em “nação arco-íris”, exemplo de convivência democrática em meio à diversidade étnica. O país é um dos poucos do continente africano com economia diversificada, alicerçada no setor de serviços, na indústria, na agricultura e no extrativismo. É uma ilha de riqueza, mas recheada de contrastes no âmbito social. A corrupção é um problema crônico, especialmente nos governos provinciais, que são responsáveis por grande parte dos serviços necessários aos pobres. É a forma mais comum de enriquecimento entre as pessoas politicamente conectadas.

Fonte:Otacílio Lage /CB