Brasília 247 – Nervoso, com as mãos tremendo e querendo usar “cola” para o depoimento, Junior Brunelli, protagonista do vídeo conhecido como “oração da propina”, compareceu a audiência de instrução no Ministério Público no Distrito Federal. Ele é acusado de improbidade administrativa. Também foram ouvidos o deputado do dinheiro nas meias, o ex-presidente da Câmara Legislativa Leonardo Prudente, e o delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa. José Geraldo Maciel, Domingos Lamoglia e José Roberto Arruda apesar de arrolados, não compareceram.
O ex-deputado distrital Junior Bruneli (foto) admitiu ter recebido dinheiro das mãos de Durval Barbosa. Ele afirma ter sido somente uma vez, na campanha de 2006, e em troca do apoio a José Roberto Arruda. Em seu depoimento, Durval afirmou que Brunelli recebia propina semanalmente. Segundo o delator, os valores variavam entre R$ 10 mil e R$20 mil. Quando perguntado se a doação de Durval foi contabilizada na campanha, o acusado negou.
Sobre a famosa “oração da propina”, Brunelli nega que tenha sido este o motivo da prece. Durante a audiência, o ex-deputado pediu que não usassem o conhecido termo porque ele ofenderia a sua fé. O pedido foi acatado pelo juiz. Junior Brunelli explicou que a oração seria para ter forças e se proteger. À época, em 2009, Brunelli ia sair do DEM para filiar-se ao PSC e disse que precisava de proteção divina contra retaliações, além de ter medo de perder o mandato.
O ex-presidente da Casa, Leonardo Prudente, foi arrolado pela defesa para ajudar nos esclarecimentos a respeito do vídeo. Apesar de estar presente na filmagem, Prudente nega saber da existência do vídeo da oração e, ao contrário do próprio acusado, nega que Durval tenha ajudado na campanha de Brunelli.
Com informações do micro blog de Lilian Tahan. Fonte: Brasília 247 - 21 de Março de 2012 às 20:17