A China é o maior produtor mundial de terras-raras, os 17 metais indispensáveis para fabricar produtos de alta tecnologia
OMC confirma ação contra China por caso de terras-raras
"A China limita cada vez mais suas exportações, o que provoca enormes distorções e interrupções que afetam a rede de abastecimento destes materiais no mercado mundial", afirma Kirk em um comunicado.
A OMC confirmou ter recebido a queixa apresentada contra a China por suas restrições às exportações das terras-raras, essenciais para a fabricação de produtos de alta tecnologia.
A União Europeia (UE) se uniu nesta terça-feira aos Estados Unidos e ao Japão na demanda contra a China.
Os dois países e o bloco europeu criticam as restrições da China à exportação de terras-raras.
"Junto aos Estados Unidos e Japão, a União Europeia levou sua divergência com a China formalmente à OMC", afirma a Comissão Europeia em um comunicado.
A nova ação segue uma disputa da UE com a China sobre a exportação de matérias-primas que terminou com decisão a favor dos europeus.
A China é o maior produtor mundial de terras-raras, os 17 metais indispensáveis para fabricar produtos de alta tecnologia, utilizados dos mísseis aos telefones celulares, passando pelos veículos elétricos e usinas eólicas.
Esta não é a primeira vez que a OMC tem que decidir uma disputa sobre terras-raras com o gigante asiático, segunda maior economia mundial. Ano passado, a organização com sede em Genebra condenou a China por uma demanda apresentada em 2009 pela UE, Estados Unidos e México contra as restrições impostas às exportações de nove matérias-primas essenciais para a indústria europeia.
"Apesar do precedente, a China não fez nenhum esforço para suprimir as restrições à exportação. Isto não nos deixa outra escolha", destacou De Gucht.
Antes da apresentação oficial da demanda, o ministério chinês das Relações Exteriores alegou que as cotas impostas por Pequim às exportações cumprem as regras da OMC.
"As cotas foram estabelecidas para proteger o meio ambiente e permitir o desenvolvimento sustentável", afirmou o porta-voz do ministério, Liu Weimin.
Fonte:AFP/JB