O malabarismo do Santa Catarina
Em reforma há quase três anos, hospital precisa de jogo de cintura para dar conta da demanda de 12 mil atendimentos mensais
Quem chega e olha apenas por fora o Hospital Dr. José Pedro Bezerra, mais conhecido como Hospital Santa Catarina, o segundo maior da capital potiguar, pode ter uma impressão diferente do que uma curta visita pode mostrar, devido o aspecto de certo abandono do prédio, que encontra-se em reforma há quase três anos (e sem previsão para terminar). Realizando, em média, 12 mil atendimentos ambulatoriais por mês, o hospital prepara-se para as festas de fim de ano, a época de maior movimento nos corredores e enfermarias.
Como mostram os registros da direção do hospital, até a manhã de quinta-feira, foram realizados 11.289 atendimentos ambulatoriais, superando em mais de 200 o mês de novembro. "O problema é que 70% destes atendimentos são de procedimentos básicos, que deveriam ser feitos na rede básica. Mas, como o que a população procura é atendimento rápido, para em duas ou três horas estar em casa e isso ela acha aqui e não nos postos de saúde, correm para o Santa Catarina", explica o diretor administrativo José Carlos Leão. E ainda outro agravante faz lotar o pronto socorro da unidade, já combalido pela falta de espaço causada pela reforma
inacabada. Inúmeros atendimentos realizados pelos profissionais do Hospital do Santa Catarina são realizados em pessoas que moram fora de Natal, principalmente da Região Metropolitana, mas, atualmente, há pacientes internados até de cidades como Santana do Matos (230 km da capital).
Devido às dificuldades físicas de realizar os atendimentos - antes da reforma, o pronto socorro possuía duas salas de consultório, uma de sorologia e outra para recuperação, agora tudo se resume a uma sala de consultório e outra que abarca a sorologia e a recuperação, entre outros atendimentos - a lotação do hospital chega ao limite. "Os 227 leitos do hospital estão ocupados, com internações. E a enfermaria, que foi recuperada recentemente e deveria receber seis homens e seis mulheres, atualmente tem no mínimo doze de cadasexo. A maior dificuldade na administração do Santa Catarina é, sem dúvida, a falta de espaço", confessa Carlos Leão.
A lamentação do diretor deve-se a obra de recuperação da área que funcionava como o pronto socorro do hospital, abarcando serviços como clínica geral, pequenas cirurgias, eletrocardiograma e radiografia. Com adaptações, todos os serviços continuam sendo oferecidos na unidade de saúde. "Até a radiografia está funcionando, com duas máquinas móveis. Como para tirar raio-x necessita-se de uma sala toda preparada, para não vazar radiação, tivemos que utilizar as máquinas móveis, sendo que uma atende todo o hospital e a outra fica na UTI Neonatal", explica o diretor. As máquinas que funcionavam no prédio que está em reforma foram desmontadas e, por estarem há mais de dois anos sem uso e serem da década de 1980, serão desativadas. A licitação para compra das substitutas já está em curso na Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
Também está nas mãos da Sesap e, consequentemente, do Governo doEstado tomar as providências para conclusão da reforma do pronto socorro, que se arrasta desde o início de 2009. Segundo informações, a empresa, pelo tempo de entrega da obra ter se esgotado, pediu realinhamento de preços, mesmo após ter recebido todo o pagamento pela obra. A obra encontra-se em fase de finalização, necessitando apenas de ajustes na parte elétrica e acabamentos estéticos.
Como mostram os registros da direção do hospital, até a manhã de quinta-feira, foram realizados 11.289 atendimentos ambulatoriais, superando em mais de 200 o mês de novembro. "O problema é que 70% destes atendimentos são de procedimentos básicos, que deveriam ser feitos na rede básica. Mas, como o que a população procura é atendimento rápido, para em duas ou três horas estar em casa e isso ela acha aqui e não nos postos de saúde, correm para o Santa Catarina", explica o diretor administrativo José Carlos Leão. E ainda outro agravante faz lotar o pronto socorro da unidade, já combalido pela falta de espaço causada pela reforma
Hospital convive diariamente com a falta de espaço e a demanda por atendimento ambulatorial. Todos os 227 leitos ocupados. Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press |
Devido às dificuldades físicas de realizar os atendimentos - antes da reforma, o pronto socorro possuía duas salas de consultório, uma de sorologia e outra para recuperação, agora tudo se resume a uma sala de consultório e outra que abarca a sorologia e a recuperação, entre outros atendimentos - a lotação do hospital chega ao limite. "Os 227 leitos do hospital estão ocupados, com internações. E a enfermaria, que foi recuperada recentemente e deveria receber seis homens e seis mulheres, atualmente tem no mínimo doze de cadasexo. A maior dificuldade na administração do Santa Catarina é, sem dúvida, a falta de espaço", confessa Carlos Leão.
A lamentação do diretor deve-se a obra de recuperação da área que funcionava como o pronto socorro do hospital, abarcando serviços como clínica geral, pequenas cirurgias, eletrocardiograma e radiografia. Com adaptações, todos os serviços continuam sendo oferecidos na unidade de saúde. "Até a radiografia está funcionando, com duas máquinas móveis. Como para tirar raio-x necessita-se de uma sala toda preparada, para não vazar radiação, tivemos que utilizar as máquinas móveis, sendo que uma atende todo o hospital e a outra fica na UTI Neonatal", explica o diretor. As máquinas que funcionavam no prédio que está em reforma foram desmontadas e, por estarem há mais de dois anos sem uso e serem da década de 1980, serão desativadas. A licitação para compra das substitutas já está em curso na Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).
Também está nas mãos da Sesap e, consequentemente, do Governo doEstado tomar as providências para conclusão da reforma do pronto socorro, que se arrasta desde o início de 2009. Segundo informações, a empresa, pelo tempo de entrega da obra ter se esgotado, pediu realinhamento de preços, mesmo após ter recebido todo o pagamento pela obra. A obra encontra-se em fase de finalização, necessitando apenas de ajustes na parte elétrica e acabamentos estéticos.
Fonte:Paulo Nascimento DN