Portadoras da doença, Luciana e Luana têm os efeitos da doença aliviados pela ingestão diária da medicação
Avanços paliativos amenizam problemas de anemia falciforme
Alanis tem 3 anos e, ao contrário da maioria das crianças, não pode brincar na piscina, exagerar nas atividades físicas e ficar exposta tanto ao sol, quanto ao frio. O motivo: a pequena de olhos espertos nasceu com anemia falciforme, uma doença hereditária que leva a uma deformação das hemácias. Em vez de arredondadas e elásticas, as células modificadas assumem a forma de foice, tornam-se rígidas e tendem a formar grupos que podem fechar os pequenos vasos sanguíneos em todas as partes do corpo, lesionando órgãos como o cérebro, os pulmões e os rins.
Atualmente, o medicamento mais utilizado para a doença falciforme é a hidroxiureia, que, apesar de não ser um tratamento definitivo, ajuda a melhorar consideravelmente a qualidade de vida dos portadores. “Depois que passei a usar, minha vida melhorou mil vezes. Antes, eu tinha 15 crises por ano, já faz um ano que comecei com o medicamento e, até agora, só tive uma crise forte”, conta a fonoaudióloga Luana Martins, 33 anos. Segundo ela, as dores e as internações eram tantas que seu curso superior, por exemplo, acabou somente por determinação e raça, já que grande parte do tempo “estava mais doente do que presente”.
Fonte:Marcela Ulhoa