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sábado, 16 de junho de 2012

Mercados encerram mistos voltados para eleições na Grécia


Bolsas mundiais encerram com valorização após anúncio de medidas dos bancos de países do G20 de criar uma linha de crédito para segurar a economia dos países e também pelas notícias preliminares das eleições na Grécia. Ibovespa segue a mesma linha do cenário externo.
Segundo Luiz Gustavo Pereira, analista de investimentos da Futura Corretora, os mercados operaram otimistas com anúncio de medidas econômicas para conter a crise financeira pelo mundo. As notícias sobre uma possível vitória do partido conservador Nova Democracia nas eleições da Grécia também geraram otimismo.
Em relação ao cenário mundial, os mercados operam otimistas com o anúncio de que bancos centrais dos países do G20 tomarão medidas para evitar uma crise global.
No Velho Continente, os mercados encerraram em alta. Em Londres, o índice FTSE 100 fechou com alta de 0,22% aos 5.478 pontos, o DAX, em Frankfurt, teve ganhos de 1,48% aos 6.229pontos; e em Paris, o índice CAC-40 valorizou 1,82% aos 3.087 pontos.
O governo italiano adotou nesta sexta-feira um pacote de medidas para incentivar o crescimento econômico, que inclui a venda de prédios oficiais para reduzir a colossal dívida pública, alvo de ataques do mercado, informou o primeiro-ministro Mario Monti.
Os líderes europeus que se preparam para ir ao México para um encontro do G20, na próxima segunda-feira, 18, dominado pela crise da Eurozona vão participar de uma reunião preparatória na tarde desta sexta-feira e tem por objetivo servir como uma reunião de coordenação.
As eleições que ocorrerão na Grécia este domingo também geram expectativa nos mercados. Segundo pesquisas a preferência é pelo partido conservador Nova Democracia.
A agenda doméstica não veio muito favorável. A balança comercial de bens no Reino Unido referente ao mês de abril registrou déficit de £ 10,1 bilhões, refletindo uma piora em relação ao mês anterior. As informações foram publicadas hoje pelo Escritório Nacional de Estatísticas (ONS, na sigla em inglês).
Já a zona do euro apresentou em abril um superávit comercial de € 5,2 bilhões, superando as previsões de analistas, que era de um superávit comercial de € 3,0 bilhões.
Ainda na Zona Euro, foi divulgado que o número de pessoas empregadas nos 17 países que a compõem caiu 0,2% no primeiro trimestre de 2012 em comparação com a queda apresentada no trimestre anterior (-0,3%), segundo informações divulgadas hoje pela Eurostat, a agência de estatísticas da região.
Em Wall Street os principais mercados encerraram em alta, também animados com as decisões políticas e econômicas vindas da Europa. Desta forma, o índice Dow Jones ganhou 0,91% aos 12.767 pontos; o S&P 500 teve valorização de 1,03% a 1.342 pontos; e a bolsa eletrônica Nasdaq teve alta de 1,29% aos 2.872 pontos.
A agenda doméstica trouxe números da produção industrial dos Estados Unidos, que retrocedeu 0,1%e em maio, com uma diminuição da atividade manufatureira, segundo cifras publicadas pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
No mesmo sentido, a atividade industrial da região de Nova York (leste dos Estados Unidos) caiu em junho a 2,3 pontos contra 17,1 no mês anterior, segundo índice divulgado nesta sexta-feira pela filial regional do Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
O índice Merval da Bolsa de Buenos Aires em alta de 3,75%, aos 2.273,02 pontos.
Por aqui, o Ibovespa, encerrou em alta de 1,36%, em linha com o cenário mundial.
Na agenda doméstica, a Fundação Getulio Vargas divulgou que em junho, o Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) variou 0,73%. Com isso houve uma queda se compararmos com maio onde o índice registrou avanços de 1,01%. Com isso, em junho de 2011, a variação foi de -0,22% e em 12 meses, o IGP-10 variou 4,90%.
Na renda fixa, os juros futuros operaram em alta. O contrato de depósito interfinanceiro, com vencimento em janeiro de 2013, o mais negociado, apresentou taxa anual de 7,74%.
Já o dólar operou com perdas de 0,49% vendido a R$ 2,042.