A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) se reúne na
quinta-feira (7) para discutir a situação na Síria. A sessão contará
com a participação do emissário especial da ONU e da Liga Árabe para a
Síria, Kofi Annan, que apresentará um relato sobre sua última visita ao
país. A crise na Síria já dura 15 meses e a estimativa é que mais de 11
mil pessoas tenham morrido nesse período.
O relato de Annan será
acompanhado pelo secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Al Arabia, e
pelo presidente da Assembleia Geral do órgão, Nassir Abdulaziz Al
Nasser, além da alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi
Pillay.
Na semana passada, Annan se reuniu com o presidente da
Síria, Bashar Al Assad, e reiterou a necessidade de cumprir um
cessar-fogo imediato e implementar um plano de paz na região. Porém,
Assad disse que terroristas armados atrapalham a execução de um plano de
paz na região.
Paralelamente, há um grupo de cerca de 300
observadores da ONU na Síria que tenta negociar o fim dos confrontos. No
entanto, os próprios observadores foram alvo de ataques. Segundo as
Nações Unidas, uma das missões dos observadores é impedir os
assassinatos, ajudar as pessoas e garantir uma transição política.
Na
semana passada, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi
Pillay, alertou sobre as violações cometidas na Síria. O Brasil
condenou a violência, mas reiterou ser contrário à intervenção militar
na região.
A embaixadora do Brasil na Organização das Nações
Unidas (ONU), Maria Nazareth Farani Azevêdo, defendeu que as autoridades
sírias solucionem o impasse internamente, mas que uma Comissão de
Inquérito das Nações Unidas investigue as denúncias de violações de
direitos humanos no país.
“Não há solução militar para a atual
crise na Síria, e o governo sírio é o principal responsável por criar as
condições necessárias para que o plano de seis pontos [negociado pelo
emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan] possa
prosperar”, disse a embaixadora. “Estamos extremamente preocupados com
os relatos que descrevem a atual situação na Síria como de pré-guerra
civil”.
Fonte:JB