Para integrantes de movimentos, texto aprovado só servirá para agenda futura
“Não houve nenhum avanço em financiamento de medidas sustentáveis", disse líder da Cúpula dos Povos
Para a ativista, a retirada do termo ‘direito reprodutivo das mulheres’ do documento constitui um retrocesso absoluto. Ela se disse decepcionada com o Brasil ter cedido a pressões de “países que não respeitam o direito das mulheres”. Ela criticou, ainda, o fato de o texto ter sido baseado no fortalecimento das parcerias público-privada e a prioridade dada ao setor privado.
“O governo trabalhou com um texto possível de ser aprovado. Aquilo que não tinha consenso, foi vetado”, afirmou. “O documento insiste na prioridade do setor privado e no fortalecimento das parcerias público-privada. Trata-se da mercantilizacão dos direitos”.
Pietricovsky se disse confiante para o documento final que será apresentado pela Cúpula dos Povos na sexta-feira. De acordo com ela, a expectativa é para um texto mais ousado do que o aprovado pela Rio+20.
“Estou confiante que sairá um documento [da Cúpula dos Povos] com uma agenda de campanha global em resposta a esse documento [da Rio+20] que, para nós, está muito fraco”, disparou. “Quem sabe, com a chegada da presidente Dilma, amanhã, haverá alguma proposta efetiva para financiamento, porque, agora, [o documento] continua não resolvendo a situação”.
Fonte:Luciano Pádua/JB