Eliana Calmon diz que já recebeu “ordem nesse sentido” do presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto
Corregedora do CNJ vai divulgar em breve vencimentos do Judiciário
“Ele (Ayres Britto) está absolutamente seguro, e não abre exceção para que nós, do Judiciário, também façamos a divulgação dos nossos dados salariais. Aliás, esses dados já existem, mas não estão completos. Porque o que se fala é o salário puro e simples, mas nós temos muitas gratificações, adicionais e outros acréscimos que eu chamo penduricalhos”, acrescentou Eliana Calmon.
A corregedora comentou ainda que, fazendo o papel de “advogada do diabo”, diante de sua posição, chegou a argumentar: “Quero dizer ao senhor que estou recebendo muitas solicitações de magistrados preocupados com a sua segurança, em razão dessa divulgação. O que o senhor tem a dizer? E ele respondeu: 'Nada, porque essa não é uma questão de segurança. É prioritária a divulgação”.
Eliana Calmon também lembrou que a ministra Carmen Lúcia, do STF, e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, já se antecipou e divulgou o seu contracheque. “Nós estamos fazendo exatamente a mesma coisa. Cabe à Corregedoria, então, cumprir as ordens da Presidência”, concluiu.
Justiça plena
A corregedora nacional de Justiça concedeu, nesta quinta-feira, entrevista sobre o programa Justiça Plena, e revelou que o Tribunal de Justiça do Ceará é a Corte com o maior número de processos monitorados pelo programa, que acompanha o trâmite de processos de grande repercussão social com o objetivo de garantir a efetividade e a celeridade da prestação jurisdicional.
Na Justiça comum estadual, o tribunal de Justiça de Minas Gerais é o segundo colocado no levantamento, com 11 processos incluídos no Justiça Plena. O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) aparece em terceiro lugar, com sete casos. Os números fazem parte do relatório de balanço do programa Justiça Plena, lançado oficialmente nesta quinta-feira pela Corregedoria.
Fonte:Luiz Orlando Carneiro, Brasília /JB