Base governista domina CPI que vai investigar negócios de Cachoeira
Considerada imprevisível, a CPI do Cachoeira contará com uma ampla maioria de integrantes da base aliada. Das 32 vagas disponíveis no colegiado, 25 estão reservadas para os governistas contra sete destinadas aos parlamentares da oposição. Com 78% da CPI composta por parlamentares que apoiam o Palácio do Planalto, congressistas do DEM e do PSDB se reúnem no início da próxima semana para afinar o discurso que adotarão e traçar a estratégia que seguirão ao longo do trabalho de investigação, previsto para durar 180 dias.
Na pauta do encontro está, por exemplo, a discussão se é mais rentável para os oposicionistas tentar convocar o contraventor Carlo Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, nesse primeiro momento ou se é mais interessante deixar para ouvi-lo durante o andamento das investigações. Com uma atuação mais independente no Congresso, integrantes do PSol, no entanto, já têm em mãos uma lista de nomes para possíveis explicações. O senador Randolfe Rodrigues (AP), provável suplente do bloco da minoria, tem requerimentos prontos para apresentar ao colegiado convocando Cachoeira; o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO); e Fernando Cavendish, sócio da construtora Delta, que ésuspeita de envolvimento com o contraventor e tem diversos contratos com o governo federal. “Quando eu apresentar essas solicitações e tiver acesso ao roteiro da CPI é que vamos ver qual o nível de isenção da base aliada nessa investigação”, afirmou Randolfe.
Fonte:CB/DF
Erich Decat
Gabriel Mascarenhas