Em discurso, senador ressalta papel da mobilização popular
Ao contrário do pessimismo que parte da imprensa demonstra em relação às investigações do Congresso sobre as denúncias contra o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) e o empresário Carlinhos Cachoeira, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) afirma que está otimista. Ele acredita que as investigações parlamentares podem avançar e dar resultado, desde que haja mobilização da sociedade, nos moldes do que ocorreu com o projeto que deu origem à Lei da Ficha Limpa.
"Não esperem nada do Congresso. Mas, por outro lado, pode-se esperar do povo brasileiro e dessa nova realidade mundial que envolve participação e redes sociais", argumentou, durante pronunciamento em Plenário nesta sexta-feira (13).
Um dos exemplos destacados por Simon foi justamente o da Ficha Lima, cuja mobilização foi articulada por entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Tais entidades movimentaram não só os contatos que já possuem, como também se utilizaram da internet para ampliar o apoio ao projeto.
"Se não fosse esse movimento, jamais a Ficha Lima teria passado no Congresso por unanimidade", frisou o senador.
Outro exemplo citado por ele foi o caso do Egito, onde a mobilização popular que resultou na queda de Hosni Mubarak também incluiu o uso da internet – e, em particular, as redes sociaisTwitter e Facebook.
"Eu me dirijo à OAB, à CNBB e à mocidade: venham nos fiscalizar, acompanhar o Congresso e cobrar de cada um de nós", declarou Simon.